ADAPTAÇÃO AO MEIO AQUÁTICO: algumas discussões que podem influenciar a sua prática (parte 2)

Essa é a Parte 2 (de 4) do texto sobre adaptação ao meio aquático: algumas discussões que podem influenciar a sua prática.

Se você quiser ler a Parte 1 use o link abaixo.

Vamos lá!

A partir das discussões realizadas na Parte 1 desse texto, se entende que o ensino da AMA deve ser amplo e diversificado. Deve ser pensado nas diversas possibilidades de movimentos e experiências que os alunos possam realizar no ambiente aquático (os mais variados possíveis) e não focado, e limitado, ao pré-ensino dos movimentos dos nados.

Por isso, a partir desse momento, serão apresentadas algumas propostas, metodologias, níveis, conteúdos e objetivos para o ensino da AMA que estão disponíveis na literatura.

Proposta mais tradicional de ensino da AMA:

Diversos autores ainda defendem para a AMA o ensino dos conteúdos (i) respiração, (ii) equilíbrio e (iii) propulsão (NAVEGA, 2011). Estes três conteúdos serão alcançados por meio de atividades de imersão, respiração (apneia, inspiração pela boca e expiração debaixo da água), flutuação, sustentação, deslize e giro (sendo que algumas das situações são estáticas e outras dinâmicas) e por meio do deslocamento na água com ausência de apoios fixos (alguns autores já consideram aqui pernada e braçada de crawl e costas).

Outros estudos ainda adicionam o conteúdo Salto (SANTOS e GONÇALVES PEREIRA, 2008), também com a intenção de desenvolver noções de segurança e da capacidade de imergir completamente (MORGADO et al., 2016; NAVEGA, 2011) .

 Ainda há os que defendem o ensino da entrada na água, imersão, flutuação, equilíbrio horizontal, respiração e propulsão – principalmente focados na prevenção de afogamento (MORGADO et al., 2016).

De qualquer maneira, dentro desse processo ainda devemos pensar na adaptação psicológica que o aprendiz deve adquirir, que tem como objetivo familiarizar o aluno ao meio líquido – ocorrendo por meio de atividades como: entrar na água com o professor e os pais, andar na piscina em várias direções para conhecer os materiais utilizados (NAVEGA, 2011).

Independentemente dos conteúdos propostos para a AMA, ainda se percebe que algumas propostas estão grandemente vinculadas a preocupação de realização dos nados formais, pensando as atividades de propulsão, por exemplo, como a necessidade de realização dos nados crawl e costas (SANTOS e GONÇALVES PEREIRA, 2008).

De qualquer maneira, apesar da proposição destes conteúdos – aos quais estou de pleno acordo, creio que o que falta seja determinar uma ordem pedagógica de ensino e quais serão exatamente os objetivos que devem ser alcançados ao longo dos níveis de aprendizagem da AMA.

Ou seja, em que ordem esses conteúdos devem ser ensinados e o que exatamente a criança deve saber fazer sobre cada um deles. Essa discussão e a resposta a ela já fiz aqui no site algumas vezes.

Na Parte 3 desse texto eu apresentarei uma proposta de ensino da AMA que considera os outros esportes aquáticos.

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