Periodizar o treino de indivíduos não atletas
É possível periodizar o treino de indivíduos não atletas? Lógico! O que o professor tem que lembrar é que quanto menor a frequência de treinos semanais, mais tempo ele vai precisar para desenvolver algumas capacidades motoras.
Então talvez esse seja um problema de quando você tem um grupo ou treinar somente um indivíduo.
Se um aluno treina 5 vezes na semana e ele é assíduo e eu consigo planejar 3 meses de treinamento – essa é uma realidade. Mas se outro aluno treina 3 vezes por semana, e às vezes ele falta porque fica cansado por causa do trabalho – essa é uma outra realidade.
Como é que eu vou fazer esses dois atletas acompanharem o mesmo programa de treinamento?
Se o tempo que eles têm disponível para treino, se a frequência deles é diferente, … aí começa a morar o problema. Mas se você tem alunos que fazem aula 3 vezes na semana e eles respeitam a programação, a gente consegue periodizar o treino com facilidade.
Eu posso ter a Fase Básica, por exemplo, de 2 meses para um grupo que treina com mais frequência na semana.
Para o grupo que treina menos na semana eu possivelmente vou precisar de mais tempo para desenvolver essas capacidades motoras.
O que tem por trás é o seguinte: eu tenho que desenvolver as capacidades motoras adequadas ao ótimo desempenho. Em tese, quanto mais frequência de treino o aluno tem na semana mais rapidamente é possível desenvolver essas capacidades – apesar de elas terem certa limitação de progressão, é lógico.
Então, não significa que se um aluno treinar o dia inteiro ele vai desenvolver mais do que outro.
Mas um aluno que treina 2 ou 3 vezes na semana, em comparação ao que treina 5 ou 6 vezes, terá uma velocidade de desenvolvimento das suas capacidades motoras em ritmo diferente.
Por outro lado, quanto mais se treina, maior a chance de lesão. E por isso, mais uma vez, a importância da periodização mesmo para indivíduos não atletas.
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