Periodização do treinamento esportivo
Desde a época da graduação me interesso pela área do treinamento esportivo.
É verdade também que na época não fazia muito ideia do que encontraria ao estudar este assunto.
Tinha em mente, resumidamente, que tratava-se da organização da oferta dos estímulos físicos e técnicos aos atletas.
Achava que essa possível ciência era a “salvação da lavoura”.
E desde então, não parei de estudá-la.
Acredito que qualquer um que tenha contato com o treinamento desportivo tenha lido inicialmente (de forma direta ou indireta) algo sobre teoria da supercompensação, princípios do treinamento esportivo, modelo tradicional, Matveyev,… e por ai vai.
Mesmo me esforçando, questionava algumas afirmações apresentadas na literatura.
Testei algumas propostas com meus atletas. Algumas funcionavam. Outras não davam certo.
Para mim, algumas destas afirmações pareciam ser muito superficiais e rígidas. Faltava alguma coisa.
Hoje entendo que isso pode dever-se a alguns motivos:
- (1) até certo ponto os modelos de periodização são propostas teóricas de organização do tempo disponível para o treinamento (em maior ou menor grau);
- (2) estes modelos de periodização devem ser entendidos dentro de um contexto histórico-esportivo-social no qual foram postulados; e
- (3) estamos treinando seres humanos. Por mais que nossa biologia nos aproxime, somos demasiadamente complexos. Isso influencia todo o programa de treinamento.
E é sobre isso que vou começar a escrever nas próximas postagens…
Essa notícia foi publicada originalmente em 2013. Mas em razão da sua relevância está sendo atualizado em 2020.
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