O controle da carga de treinamento no macrociclo
Carga de Treinamento
O controle da carga de treinamento é uma das tarefas mais difíceis do treinador. Muitas vezes, mesmo com a ajuda de processos mais objetivos de testagem, tomar uma decisão não é tarefa fácil.
E a periodização está intimamente ligada a esse processo.
Quando planejamos uma periodização, antes mesmo da primeira sessão de treinamento, podemos ter a sensação ou a crença de que ela é um processo rígido.
Pronto, foi planejado! Agora é só cumprir
Eu sei que todo planejamento deve ser seguido. Ele foi feito para isso e só saberemos se o resultado é satisfatório no final.
Apesar disso, precisamos entender que alguns ajustes podem ser necessários no meio do caminho. Ou seja, não temos bola de cristal para prever o futuro. Estamos apenas traçando um plano racional para a melhora do desempenho.
Dessa maneira, pode ser necessário mudar um pouquinho essa rota – mas sempre objetivando chegar no local que foi planejado.
A carga externa é basicamente determinada pelo volume, pela intensidade e pela recuperação impostos nas séries de treinamento (lembrando que, considerando o atleta como um todo, qualquer agente estressor externo também deve ser ponderado).
Mas vale destacar que dentro de toda aquela estrutura maior que é o macrociclo, aquilo que é realmente palpável é a série de treinamento: quantos repetições ele faz, com qual velocidade, com qual sobrecarga, o quanto ele descansou entre uma repetição e outra – essas variáveis representam a carga externa.
Entretanto, os indivíduos respondem de maneira diferente a uma mesma carga externas (série de treinamento ou exercício).
Assim, a gente precisa estimar e controlar os efeitos dessa carga externa. Isso acontece conhecendo como o atleta “recebeu” essa carga, ou seja, por meio da “carga interna”. Por meio do controle da carga interna o treinador saberá se o efeito desejado está acontecendo.
Se ele não estiver acontecendo, eu tenho que ter domínio do macrociclo para poder fazer as modificações e adaptações necessárias para que o atleta continue progredindo do jeito que eu gostaria.
Por outro lado, se tudo estiver acontecendo como o planejado – siga em frente
Para finalizar
Para finalizar, é bom lembrar que as adaptações positivas impostas pelo treinamento não são contínuas e lineares ao longo da periodização. Ou seja, momentos “ruins” podem acontecer em função da própria característica do tipo de estímulo oferecido em um período/fase da periodização.
Sabendo disso, não é questão de mudar. Mas continuar.
O problema, como eu disso, é que só saberemos se o planejamento deu certo, ou não, se ele foi cumprido até o final.