Minha participação nos Jogos Olímpicos Rio 2016
O conhecimento pode ser obtido por meio de diferentes fontes. Para não me alongar muito, há aqueles que privilegiem o conhecimento empírico – obtido por meio da prática; no dia a dia. Outros, apenas o conhecimento científico – comprovado por meio do método científico. No meio esportivo há, por vezes, uma certa “luta” entre essas duas fontes de conhecimento. Como se elas fossem concorrentes! Algumas pessoas dizem que na prática a teoria é outra. Não vejo assim.
Se prática e teoria não estão coerentes, alguma coisa está errada. Não quero dizer que a ciência é a salvação de todos os nosso problemas. Mas devemos pensar que muitas vezes a motivação para a realização de uma pesquisa científica pode derivar, inicialmente, de uma observação ou uma questão observada na prática. Assim, entendo que o método científico existe para pautar nossa prática diária. Talvez, a incapacidade de se utilizar a ferramenta (ciência – de forma crítica e conhecendo suas limitações e implicações) na hora da prática que seja o problema. É como se tentássemos pregar um prego utilizando uma chave de fendas. A culpa não é da chave de fendas, mas de quem a utiliza. E o oposto também pode acontecer, propondo-se um estudo que não tenha relação direta com a prática. Mas quem disse que era para ter? Existem diversas questões que precisam ser solucionadas. Algumas estão mais próximas da pesquisa básica e, outras, da aplicada.
Assim, entendo que o conhecimento é fruto da nossa prática, associado ao conhecimento científico e a experiência crítica da inter-relação entre essas duas fontes de conhecimento. É o equilíbrio. E é isso que busco com minha participação voluntária nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Tive o privilégio de participar dos Jogos Pan Americanos do Rio 2007. E aqui estou eu novamente em busca de conhecimento.
Até a próxima.
Prof. Guilherme Tucher (tucher@guilhermetucher.com.br)