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brunabaca
ParticipanteOs níveis de conhecimento procedimental, conceitual e atitudinal servem como três pilares importantes para direcionar o planejamento da aula. Ao programar uma aula, o nível procedimental se refere aos objetivos práticos que o professor espera que o aluno atinja, é fundamental que essa parte da aula seja muito bem estruturada pois é o objetivo central da sessão, o “saber fazer”. O nível conceitual refere-se a fazer com que o aluno compreenda como e quando os movimentos devem ser realizados, essa parte da didática é a chave para que o aluno consiga executar corretamente os exercícios propostos, então ter esse nível bem elaborado também é essencial para uma aprendizagem de qualidade. E por fim, o nível atitudinal é o que completa a relação educador-educando, também é papel do professor ensinar os valores comportamentais para um bom convívio em aula e na sociedade.
Esses três níveis compilados formam a base de uma programação completa (de uma sessão), ao estruturar os objetivos da aula baseado nesses três níveis de conhecimento o professor consegue ter maior precisão e êxito do que pretende lecionar, e consequentemente sua aula terá maior qualidade do que uma sessão sem planejamento completo prévio.brunabaca
ParticipanteConcordo totalmente com a afirmação, pois um planejamento de ensino, seja qual for o conteúdo, requer um ponto de saída e um ponto de chegada, ou seja, tem um objetivo a ser alcançado e os meios para concretizá-lo. Desta forma, a qualidade da aprendizagem é infinitamente maior, pois a programação da aula será previamente estudada, organizada e preparada onde cada encontro pedagógico o aluno estará aprendendo conteúdos diversos gradualmente, do mais básico para o mais complexo, garantindo que o cérebro sofra adaptações psicomotoras progressivamente.
Entretanto, quando o ensino não é programado ou periodizado seu resultado é imprevisível, pois é o mesmo do que ensinar/treinar sem um objetivo. Pela ausência de uma estruturação com começo, meio e fim a longo prazo, as adaptações psicomotoras da aprendizagem acontecem ao acaso, ao invés de ser uma consequência pedagógica.brunabaca
ParticipanteNão sei se diferentes escolas de natação seria a resposta, mas definitivamente é imprescindível que o método e planejamento de ensino seja diferente para os diferentes perfis. Uma mesma escola de natação é capaz de treinar atletas e indivíduos que apenas procurem recreação/lazer, desde que os treinos sejam em grupos diferentes.
E se a natação oferece só um tipo de ensino, cabe ao aluno escolher se aquela escola é a mais adequada ou não para o que ele está buscando.brunabaca
ParticipanteO meu olhar como professora/treinadora é de que não da para pular etapas, seja qual for o esporte o processo de aprendizagem tem que ser planejado e periodizado. Para a natação e o processo de aprendizagem dos nados não é diferente, a divisão do ensino dos conteúdos é o caminho certo e seguro para um indivíduo aprender de fato a nadar.
Não dá pra querer ensinar nado borboleta para um aluno que nunca teve contato com ambientes aquáticos, como também não da pra um aluno recém matriculado exigir aprender crawl sem passar por todo o processo antes. É necessário ter uma progressão pedagógica onde o AMA é o nível base, e toda base forte é a chave para desenvolver bem os próximos níveis de aprendizagem.brunabaca
ParticipanteBoa noite, professor. Não sei se interpretei corretamente a pergunta, mas vou descrever a braçada do nado costas.
A técnica dessa braçada é parecida à do nado crawl, quando comparado aos nados borboleta e peito, porém com algumas diferenças devido a mudança de decúbito.
A técnica é realizada da seguinte maneira: Enquanto um braço permanece estendido ao lado do tronco em decúbito dorsal, o outro braço inicia o movimento também estendido, com os dedos juntos e estendidos e polegar apontado para cima. A braçada se inicia com a palma da mão sendo rotacionada externamente enquanto o braço realiza uma flexão ficando alinhado à cabeça, de modo que o dedo mínimo seja o primeiro a entrar em contato com a água. Após o agarre, vem a fase da tração onde o indivíduo realiza uma “puxada” com a palma da mão e em seguida empurra, retornando para a posição inicial de saída do braço ao lado do tronco. Alternando os braços, essa técnica de braçada do nado costas compõe parte do conteúdo de propulsão do nado.Edit: Apesar de ter usado alguns termos como “a braçada se inicia” não descrevi exatamente a fase inicial e final da braçada, e sim descrevi o movimento com um recorte do nado já em curso.
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Esta resposta foi modificada 3 anos, 9 meses atrás por
brunabaca.
brunabaca
ParticipanteBom dia, meu nome é Bruna Baca e não tenho muitas experiências com a natação, o que eu conheço na verdade é baseado no que aprendi durante a graduação e o que vivi ao longo dos meus 26 anos. Nunca fiz aula de natação, porém sempre gostei de água rs.
Meu email é: brunabaca95@gmail.combrunabaca
ParticipanteBom dia, vou pontuar minha visão por partes:
– No tema da aula é melhor tirar o “ensinar” da pernada do nado borboleta
– No conceitual acho que dá pra ser mais objetivo, a forma como está escrito deixou muito vago. Qual seria essa execução correta da técnica? Fiquei um pouco confusa.
– No atitudinal são comportamentos que queremos/esperamos dos alunos. O que vocês escreveram ta mais pra comportamento do professor em relação aos alunos, e não é isso que é pra ser feito
– Na parte inicial não entendi como seria feito esse movimento de ondulação fora da água. É em pé? Deitado? Esse movimento é de fato realizável fora da água? Parece pouco aplicável e um tanto complicado de se realizar no ambiente terrestre. Minha sugestão é demonstrar esse exercício dentro da água mesmo, ou utilizar de outros métodos de progressão da técnica de pernada do nado borboletabrunabaca
ParticipanteBom dia. Gostei do plano, mas eu não colocaria atividade fora da piscina com o propósito de educativo dos movimentos. Pois levando em consideração que a resistência do ar é totalmente diferente da resistência do água, não sei até que ponto essa atividade realmente agregaria no aprendizado, já que os meios são diferentes. Sei que o propósito é o aluno entender a mecânica do movimento, mas talvez praticá-lo fora da água seja um pouco perda de tempo. Eu sugeriria usar esse tempo fora da água com exercícios dentro da água mesmo, talvez até estender um pouco mais a parte em que os alunos praticam na borda, assim estariam em contato direto com o ambiente em que vão realizar a atividade de fato.
brunabaca
ParticipanteObrigada pelas considerações, galera. Como o professor disse e irei acrescentar nas observações, o plano foi feito considerando que os alunos tiveram uma boa base de AMA, então dispensamos o uso de materiais para exercitar a autonomia nos alunos.
brunabaca
ParticipanteConcordo com os motivos citados acima pelos colegas. E para complementar, ao meu ver o nado Crawl é o primeiro nado a ser ensinado pela questão da locomoção ser muito mais efetiva, então funcionalmente é mais adequado para qualquer aprendiz. É muito mais comum observarmos no mar ou em represa as pessoas nadando o crawl, justamente pela questão da locomoção, então acredito que para os professores é mais interessante começar ensinando por esse nado. Além do fato de ser um nado com propulsão contínua e com menor resistência frontal, quando comparado aos nados borboleta e peito, facilitando o deslocamento do nadador, e novamente sendo mais funcional.
brunabaca
ParticipanteBoa noite, professor. Diferente do que citaram acima, quando a criança é realmente muito nova, acredito que a melhor forma de prevenir cenas como esta seria conscientizando os pais. Obviamente deve ser desenvolvido as competências motoras aquáticas desde cedo, mas vale ressaltar que o comportamento do mar é completamente diferente da piscina, então por mais que a criança seja até atleta, não necessariamente será tão competente no mar quanto é na piscina. Principalmente se a criança tiver 3 anos.
Para evitar casos como este, o ideal é que o professor de natação reserve uns minutinhos de suas aulas para orientar os pais. Ensinar que a conduta na piscina é diferente da conduta no mar, que por sua vez também é diferente da conduta em rios, cachoeiras, açudes etc. E que por mais que a criança seja hábil na piscina, não necessariamente ela será em outros ambientes aquáticos, pois cada ambiente tem suas especificidades e obstáculos. Desta forma, não dá para confiar completamente na capacidade da criança ter total autonomia no mar, a supervisão dos pais deve ser absolutamente integral.brunabaca
ParticipanteBoa noite, Isabela. Não tenho muito o que corrigir do plano, acredito que está muito bom! Porém, acho que seria mais interessante fazer a apresentação dos alunos no início da aula ao invés do final, pois assim já quebraria o gelo no começo e ficaria até mais coerente do que os alunos descobrirem o nome uns dos outros após toda a atividade feita com os colegas.
Outra mudança que dá pra ser feita também é na parte principal. Dentro da água e em cima seriam respectivamente imerso e emerso na água? Pode parecer bobo, mas essa mudança já descartaria uma possível dúvida do leitor sobre essa atividade ser dentro da piscina (dentro da água) ou fora da piscina (em cima da água). Trocando por imerso/submerso e emerso essa dúvida não existirá.20 de setembro de 2020 às 21:06 em resposta a: Plano de Aula/Tema: Descoberta do Meio aquático e Respiração aquática #4874brunabaca
ParticipanteBoa noite, Paulo. Primeiramente gostaria de fazer uma correção quanto ao tempo. Acredito que não podemos mudar a duração da aula, e vocês colocaram 30 minutos ao invés de 20min. E contando o tempo do inicio + principal + final resulta em 25min.
Em segundo gostaria de atentar para o objetivo atitudinal. Sinceramente não sei se estou fazendo uma crítica correta, porém acredito que o atitudinal seja o comportamento físico e psicológico que se espera do aluno, e o que vocês colocaram seria uma resposta fisiológica, algo que não dá para controlar no aluno.Em relação ao desenvolvimento, a parte inicial não ficou muito clara pra mim. Quem irá acionar o apito? Os alunos ou o professor? Acho que dá pra fazer uma correção quanto à escrita para não gerar dúvidas.
Na parte principal, concordo com a Gabriela, também estou na dúvida se não é uma atividade “avançada” já que o tema é descoberta do meio aquático. Mesmo sendo crianças de 10 a 13 anos, vale ressaltar que muitas crianças não têm o contato com a piscina antes da escola de natação. Sendo assim, há o risco de se embolarem no bambolê ao imergir, podendo até engolir ou inalar a água.
Por fim, discordo totalmente com a finalização da aula. Se o tema é descoberta do meio e respiração, isso implica que os alunos estão iniciando as aulas de natação, portanto não é coerente, e nem didaticamente favorável, que introduza atividades com salto, que é uma das últimas competências do AMA.brunabaca
ParticipanteLevando em consideração que as ações de um indivíduo é determinado pelo meio em que ele se encontra, é imprescindível que o professor de natação tenha conhecimento sobre o ambiente aquático e suas particularidades.
1- Para o AMA, o conhecimento de hidrostática e hidrodinâmica será necessário para ambientar o aluno. Sabendo conceitos como empuxo e densidade, por exemplo, o professor vai ser capaz de montar uma aula mais abrangente e inclusiva, mesmo que cada aluno tenha suas dificuldades e individualidades. Tendo esses conceitos, o professor vai saber diferenciar o porquê de um aluno conseguir flutuar mais facilmente do que outro, e consequentemente poderá manipular as atividades baseado nessas especificidades. Como por exemplo numa aula que o indivíduo tenha dificuldade de se manter boiando sobre a água, o professor poderá auxiliar na posição dos braços, ou utilizar uma prancha, de modo que o volume do aluno seja relativamente aumentado, diminuindo assim a densidade e por consequência melhorando a flutuação.
2- Já para os nados formais, o conhecimento de hidrodinâmica e hidrostática será refletido em performance e desempenho. Tendo consciência da resistência hidrodinâmica, o professor vai ser capaz de aprimorar cada vez mais a técnica de nado do aluno. Como por exemplo no nado Crawl, quanto mais na horizontal o aluno tiver, menor será a resistência frontal e consequentemente seu deslocamento será mais efetivo.brunabaca
ParticipanteNa minha opinião, no início do AMA o professor deve tornar o ambiente aquático o mais natural e familiar possível para o aluno. E para isso é necessário trabalhar questões básicas de adaptação ao novo ambiente, como por exemplo se acostumar com a água escorrendo nos olhos e nariz o tempo todo.
As aulas iniciais devem ser ministradas com o objetivo de descoberta. É preciso que o aluno experimente as formas de locomoção na água, aprenda a respirar com a boca ao invés do nariz, saiba imergir e emergir com segurança, saiba se equilibrar em decúbito ventral e dorsal, etc. Tudo de forma gradual.E respondendo a segunda pergunta: Com o AMA o aluno vai entender a diferença de como se comportar no ambiente aquático, tanto em questão motora quanto sensorial. E eu não acho que a consideração anterior torne minha resposta incoerente, pois eu disse que no início do AMA deve ser ensinado questões básicas de familiarização do novo ambiente, mas nas fases finais já pode ser cobrado maior desempenho (como coordenação de respiração, maior equilíbrio e propulsão), pois seria o estágio anterior às aulas de nado.
brunabaca
ParticipanteConcordo em partes com o Tiago. Essas exigências que ele citou na respiração, equilíbrio e propulsão só devem ser cobradas do aluno nas fases finais da adaptação ao meio aquático, pois o objetivo do AMA é justamente familiarizar o ambiente aquático para o indivíduo. A princípio, o papel do professor no AMA é deixar o aluno confiante e seguro na água, de modo que consiga respirar sem se afobar, realizar apneia, imergir e emergir por vontade própria, se locomover e permanecer no mesmo lugar em equilíbrio. Depois de dominado esses desafios, ai sim pode ser exigido maior desempenho do aluno.
E respondendo sua pergunta, professor, o AMA não tem que acabar pelos motivos que citei acima. É nessa fase que vai ser desenvolvido a coordenação motora na água e a confiança em si mesmo nesse novo ambiente.
brunabaca
ParticipanteMas a fase de adaptação ao meio aquático realmente precisa acabar, professor? Visto que o ser humano não foi desenvolvido para sobreviver naturalmente no meio aquático, e por isso muitos indivíduos carregam traumas e medos quando imersos na água, a fase da adaptação a esse ambiente é imprescindível. Baseado nos estudos, e até mesmo na vivência, eu afirmo que o AMA é necessário para a aprendizagem da natação, e posteriormente para os nados.
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Esta resposta foi modificada 3 anos, 9 meses atrás por
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