Marcado: aprendizagem, hidrodinâmica
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Pedro Henrique V A Pinho.
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13 de setembro de 2020 às 5:37 #4472
Guilherme Tucher
MestrePessoal, vamos começar uma nova discussão?
Vocês já assistiram a apresentação sobre hidrodinâmica e hidrostática. Eu quero saber por que o conhecimento sobre esse assunto é importante para o professor de natação em dois momentos da aprendizagem de seus alunos:
1 – durante a AMA
2 – durante aprendizagem dos nados formaisDepois que você apresentar a sua resposta para a questão anterior, me dê um exemplo da aplicação desse conhecimento.
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Guilherme Tucher.
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13 de setembro de 2020 às 19:16 #4526
Gabriela Jade
Participante1- Durante a AMA esse conhecimento é importante para que o professor saiba planejar a intensidade dos exercícios sabendo que o mesmo exercício realizado com materiais diferentes como por exemplo o pé de pato, podem oferecer desafios de intensidades diferentes pois a resistência ao deslocamento muda conforme a área de atrito se torna maior ou menor. Sabendo-se também da existência da Resistência de Superfície, Resistência de Forma e Resistência de onda , é importante que o professor oriente o aluno quanto a detalhes como, a observação cautelosa do meio aquático em que irá se inserir, e a importância de usar a roupa apropriada não só na aula mas em outros ambientes aquáticos pois uma bermuda grande por exemplo é uma resistência a mais e pode ser um fator de risco aumentando a possibilidade de afogamentos. E um importante conceito para se saber ao ensinar a flutuação por exemplo , pois permite direcionar ao aluno o melhor posicionamento do seu corpo para alcançar o objetivo.
2- Levando em consideração as 3 Formas de Resistências já citadas acima é de extrema importância para que através desse conhecimento o professor possa orientar os alunos no momento da aplicação dos nados formais quanto o posicionamento do copro por exemplo , ao mergulha se o quadril estiver fletido a oposição da água na direção do deslocamento que gera a resistência será maior e o nadador não irá conseguir um deslocamento dinâmico e com velocidade , esse conceito de “Resistência de Forma”, também é válido no ensino das braçadas de crawl por exemplo e tudo isso irá influenciar não só a velocidade de deslocamento mas no quanto de energia o individuo irá utilizar podendo nadar distâncias maiores e mais facilmente se seus movimentos estiverem o mais corretamente aplicados segundo esses conceitos.
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14 de setembro de 2020 às 11:38 #4568
Guilherme Tucher
MestreGabriela, gostei das suas considerações. É isso mesmo.
Entretanto, entendo que a parte do “planejar a intensidade dos exercícios” não fique muito adequada para a AMA.
Como seria isso, exatamente. Essa preocupação é latente na AMA?
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14 de setembro de 2020 às 12:23 #4577
Luana Guo
ParticipanteAcho que esse conhecimento é importante para que o professor saiba orientar melhor o aluno, aplicar a técnica certa e explicar o que acontece em determinadas situações. Na AMA, na hora de ensinar o aluno a flutuação e sobre o ato de afundar/mergulhar, como fazer isso da melhore maneira, envolvendo as variáveis que isso engloba como o peso do corpo e o empuxo da água, mas sempre de forma didática para que o aluno compreenda porque isso ocorre de fato. E no ensino dos nados formais o conhecimento sobre hidrodinâmica e hidrostática ajuda o professor a aplicar a melhor técnica. Por exemplo, na braçada do crawl, ter noção da física envolvida é importante para entender o atrito que ocorre na hora que o braço está embaixo da superfície, a resistência da água, a velocidade que é diferente e o gasto de energia que é maior, etc. Assim, sabendo desses fatores, tendo o conhecimento citado e aplicando a técnica certa, a aprendizagem é mais eficiente do que se for realizada sem um planejamento levando em conta tudo isso e sem a compreensão do aluno sobre o movimento que ele está executando. O mesmo ocorre para outros movimentos, como a pernada do peito onde se está sempre em atrito com a água.
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14 de setembro de 2020 às 15:42 #4584
isabelabraga08
ParticipanteBoa tarde, acredito que no AMA a necessidade de conhecimento do professor com a hidrodinâmica e a Hidrostática é importante pois o meio realizado influencia o esporte, no caso da natação o meio é a água. O professor entendendo como funciona o meio líquido, facilita o ensinamento para o aluno dentro da água. A água possui propriedades físicas que em contato com o corpo humano, traz um efeito diferente. A flutuação é uma das etapas do AMA que necessita desse entendimento, pois através dele, se entende que a relação de densidade entre o corpo de uma pessoa e a da água nos diz sobre o corpo afundar ou não, sabendo disso, o professor pode propor exercícios que torne isso mais fácil para o aprendizado.
Já no aprendizado dos nados formais, os conceitos já citados são importantes igualmente. Mas aqui, podem ser aperfeiçoados a fim de trazer mais técnica ao aluno. Na braçada no nado crawl, por exemplo, o professor pode passar ao aluno que a mão “batendo na água” cria um atrito que faz o corpo se deslocar pra frente, mas para o nadador ter velocidade, ele necessita diminuir alguns contatos do corpo com a água como a cabeça e os ombros. A resistência da água sempre vai existir e cabe ao professor mostrar técnicas ao aluno para mitigar essa resistência.
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14 de setembro de 2020 às 20:31 #4605
Tiago Martins
ParticipanteBoa noite!
Durante a AMA, é muito importante o professor se empenhar em explicar ao aluno, novato na experiência aquática, as razões do comportamento do corpo dentro do ambiente líquido. O aluno tem tendencia a entender melhor esse comportamento quando ele sente as provocações no corpo dele. Exemplo disso são as posições no momento da flutuação, ou a dificuldade em se deslocar na água em uma determinada posição do corpo, etc. É claro que esse aprofundamento na questão hidrodinâmica e hidrostática vai depender da idade do aluno. Ensinamentos à crianças deve ser demonstrados de forma lúdica, se aproximando ao máximo possível das questões vivenciadas em suas brincadeiras ou ocorrências da vida. Já para a aplicação da AMA no ambiente andragógico pode haver tentativas de buscar explicações mais científicas para o comportamento corporal. Contudo a aplicação lúdica também deve fazer parte da ambientação desse adulto para uma melhor compreensão do conceito aplicado.
Exemplo:
Permitir que o aluno tente se deslocar usando um objeto que vá dificultar o seu movimento. Dessa forma é possível apresentar a ele que o posicionamento do corpo em relação a água vai ajudá-lo em seu movimento.Se partirmos do pressuposto que o nado regulamentar deve ser apresentado ao aluno que tem certo domínio corporal no ambiente aquático, é natural transmitir a ele os conceitos de hidrodinâmica e hidrostática de maneira um pouco mais formal. Nesse contexto o aluno já está ambientado à água, o que o leva a ter um entendimento menos complicado dos conceitos ora apresentados. Nesse momento também é importante destacar que a hidrodinâmica, se entendida e aplicada da maneira correta, vai ajudá-lo no seu desempenho nos nados formais.
Exemplo:
Para esse caso, na aplicação dos exercícios de propulsão, pode ser interessante a utilização de equipamentos como “pés de pato” ou palmares. Enquanto o aluno percebe que uma maior área de tração vai lhe ajudar na velocidade, por outro lado, a má entrada do palmar na água poderá atrapalhar. Assim ele vai passar a entender sobre pelo menos um dos aspectos da hidrodinâmica. -
14 de setembro de 2020 às 20:35 #4606
Guilherme Tucher
MestreLuana e Isabela, muito bom!
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Guilherme Tucher.
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14 de setembro de 2020 às 20:55 #4609
Guilherme Tucher
MestreTiago, muito boa a sua resposta.
Geralmente o professor cria estratégias que tem por finalidade facilitar a realização do movimento dentro da água.
Entretanto, dentro desse entendimento que você trouxe, poderíamos, também, criar situações propositais que dificultem a realização do movimento dentro da água.
Essa realização do movimento dentro dessas duas situações (que facilite e que dificulte) poderia ser interessante para a aprendizagem? O que acha?
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14 de setembro de 2020 às 21:15 #4612
Tiago Martins
ParticipanteAcho uma colocação perfeita, dessa forma fica ainda mais claro o seu entendimento sobre os conceitos desenvolvidos.
Acho que eu tentei colocar essa situação quando disse que a utilização errada dos palmares poderiam atrapalhar o nado, quando lançados de maneira errada na água, porém analisando minha colocação vejo que não é uma situação proposital passada pelo professor, afinal o profissional deve tentar explicar da maneira mais correta possível para que não tenha entendimento errado ou crie vícios.
Uma forma de criar essa percepção de dificuldade, sem correr o risco do ensinamento errado, é a utilização do paraquedas ou o colete com bolsos laterais, que vão atrapalhar seu deslocamento. -
14 de setembro de 2020 às 21:28 #4620
Guilherme Tucher
MestreBeleza, Tiago
De qualquer maneira, lembre-se que podemos fazer isso até mais facilmente. O simples nadar com os dedos abertos é um exemplo. Fazer o deslize com os pés em dorsiflexão é outro.
E essa iniciativa é muito interessante no processo de aprendizagem… lá para as crianças mesmo.
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14 de setembro de 2020 às 21:42 #4625
Gabriela Jade
ParticipanteVerdade professor , isso cabe melhor na aprendizagem dos nados formais, então penso que a expressão que eu deveria ter usado , seria a do “grau de dificuldade ” No AMA o conhecimento sobre Hidrodinâmica e Hidrostática são importantes para o professor saber medir através disso o grau de dificuldade das dinâmicas propostas por ele durante o processo. .
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14 de setembro de 2020 às 21:46 #4629
Guilherme Tucher
MestreIsso mesmo, Gabriela.
Como diz o meu filho: algo de errado não estava certo. rsrsrsr
Agora está tudo certo.
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16 de setembro de 2020 às 12:13 #4722
brunabaca
ParticipanteLevando em consideração que as ações de um indivíduo é determinado pelo meio em que ele se encontra, é imprescindível que o professor de natação tenha conhecimento sobre o ambiente aquático e suas particularidades.
1- Para o AMA, o conhecimento de hidrostática e hidrodinâmica será necessário para ambientar o aluno. Sabendo conceitos como empuxo e densidade, por exemplo, o professor vai ser capaz de montar uma aula mais abrangente e inclusiva, mesmo que cada aluno tenha suas dificuldades e individualidades. Tendo esses conceitos, o professor vai saber diferenciar o porquê de um aluno conseguir flutuar mais facilmente do que outro, e consequentemente poderá manipular as atividades baseado nessas especificidades. Como por exemplo numa aula que o indivíduo tenha dificuldade de se manter boiando sobre a água, o professor poderá auxiliar na posição dos braços, ou utilizar uma prancha, de modo que o volume do aluno seja relativamente aumentado, diminuindo assim a densidade e por consequência melhorando a flutuação.
2- Já para os nados formais, o conhecimento de hidrodinâmica e hidrostática será refletido em performance e desempenho. Tendo consciência da resistência hidrodinâmica, o professor vai ser capaz de aprimorar cada vez mais a técnica de nado do aluno. Como por exemplo no nado Crawl, quanto mais na horizontal o aluno tiver, menor será a resistência frontal e consequentemente seu deslocamento será mais efetivo. -
16 de setembro de 2020 às 19:28 #4744
Guilherme Tucher
MestreÉ isso mesmo, Bruna. Parabéns.
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17 de setembro de 2020 às 0:23 #4759
Raniel Enargio Imperiano da Silva
ParticipanteÉ importante para o professor poder aplicar os conceitos no processo de ensino e aprendizagem, e também para propor exercícios que estimulem os conceitos. Tanto para o AMA quanto para a aprendizagem dos nados formais, é importante saber sobre hidrostática e hidrodinâmica pois o professor saberá as forças que estão agindo tanto sobre/sob o aluno, como também para o meio aquático que o mesmo se encontra, e como isso afetará na aprendizagem ou aprimoramento do aluno. Sendo assim, sabendo identificar e usar formas de ensino que facilitará tanto o entendimento quanto o aprendizado.
– Exemplo para alunos do AMA: Iniciar a aula com os alunos apenas caminhando dentro do meio aquático (piscina nesse caso), depois tentando fazer uma corrida, e depois pedindo que os mesmos realizem alguns chutes para frente, para que possam entender através dessa experiência que existem diferentes forças e resistências em comparação do meio líquido/aquático para o ambiental que vivemos.
– Para alunos durante a aprendizagem dos nados formais: Como já são alunos que já passaram por mais experiências e tem certo entendimento/conhecimento, os conceitos de hidrostática e hidrodinâmica pode ser usado de forma mais didática/aprofundada para aperfeiçoar os nados formais ou posições corporais, usando por exemplo o conceito de força do eumpuxo explicando também sobre densidade, que poderá ajudar o aluno a entender melhor sobre a flutuação. Como precisamos saber o conceito de densidade ( para que um objeto flutue ou não, é necessário saber a sua densidade em relação a densidade do fluído em que o objeto será colocado), um objeto mais denso que o fluído irá afundar enquanto um mais leve irá flutuar, então com esse conceito podemos usar uma prancha por exemplo, com o aluno segurando a prancha sobre seu peito, ajudando-o a flutuar enquanto pratica a propulsão (deslocamento na água utilizando-se dos braços e ou pernas, nesse caso apenas com as pernas) ou também fazer o treinamento ou aperfeiçoamento da respiração. -
17 de setembro de 2020 às 15:41 #4762
Guilherme Tucher
MestreIsso mesmo, Raniel. Boas considerações.
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21 de setembro de 2020 às 18:39 #4914
Pedro Henrique V A Pinho
ParticipanteResposta bem resumida, ao estilo Twitter (140 caracteres)
AMA: Saber nadar (não esportivamente), para não afundar, equilibrando peso e empuxo.
Nados Formais: Boa técnica para diminuir ao máximo o arrasto. -
21 de setembro de 2020 às 18:46 #4915
Guilherme Tucher
MestrePedro, vamos imaginar que o Twitter permite um número maior de carácteres. rsrsrsr
Para os nados formais: diminuir a resistência ao avanço e maximizar a propulsão.
Quando a AMA, precisa melhorar.
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23 de setembro de 2020 às 22:39 #4962
Pedro Henrique V A Pinho
ParticipanteProfessor, Respondendo sobre AMA em até 280 de acordo com a nova regra do twitter… kkkk
Lendo o artigo da Wizzer, Correia e Castro, além de fazer a sua prova descobri que em mesmas condições de temperatura e pressão, a água, em comparação ao ar, é cerca de 830 vezes mais densa, 829 vezes mais pesada e 55 vezes mais viscosa. E… talvez seja mais importante focar nas adaptações que temos que fazer ao meio aquático fazendo um comparativo diferencial ao terrestre. Podendo, por exemplo, demonstrar as forças físicas que agem no corpo dentro do meio aquático: como será algo extremamente desinteressante ficar falando para crianças sobre as forças e seus vetores e cálculo de resultante. É interessante passar este conteúdo o mais mastigado possível para quem está aprendendo com uma nomenclatura mais fácil. E aí é pertinente ler o artigo de Canossa/Fernandes/Carmo/Andrade/Soares, pois o mesmo apresenta uma sequência metodológica bem mastigada, digamos assim. Lá ele elenca processos de equilíbrio, respiração, imersão, salto, equilíbrio, deslizamento, rotações, rolamentos, pernadas e terminando em salto de cabeça.Linkando isto com o Fórum 2, eu tenho dúvida num plano de aula sobre AMA com o viés abordagem crítico-emancipatória. Você prefere que eu mande por e-mail ou poste lá?
Abraços a todos.
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23 de setembro de 2020 às 22:43 #4963
isabelabraga08
ParticipanteBoa noite, Pedro. Sei que a pergunta foi para o professor, mas fiquei curiosa com a sua dúvida kkkk Coloca lá no fórum que pode ser dúvida de outros tbm.
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24 de setembro de 2020 às 11:38 #4978
Guilherme Tucher
MestreExcelente, Pedro. Estou gostando desse update do Twitter. rsrs
Pode ser aqui mesmo. Vamos porque a Isabela está ansiosa.
Sobre suas considerações: é justamente por meio dessas experiências na aula que a criança experimentará (procedimental) e entenderá (conceitual) o conteúdo de ensino. Esse conhecimento é importante para a aula de natação e pode ser transferido para qualquer outra necessidade (qualquer outra experiência) que a criança venha a ter.
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25 de setembro de 2020 às 18:15 #5025
Pedro Henrique V A Pinho
ParticipanteTá… Vou postar lá nos planos em breve, então…
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