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A ideia é debater sobre as dificuldades do ensino de natação para aqueles indivíduos que já passaram por alguma adaptação ao meio aquático anterior, e portanto têm alguma noção de alguns nados, porém apresentam muitos vícios de execução em função, provavelmente de uma adaptação ruim ao meio aquático. Como lidar com essas pessoas e suas dificuldades e objetivos? Qual seriam os melhores educativos para a correção de uma AMA deficiente?
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Excelente iniciativa, Edimilson.
Vou escrever uma situação que exemplifica a sua questão.
Em um clube que eu trabalhei nós tínhamos três níveis de aprendizagem (iniciante, intermediário e avançado). Quando recebíamos algum adulto, geralmente, eles ficavam no segundo ou terceiro nível.
Na época, a professora responsável não se preocupava com o processo de AMA para adultos.
Eu tinha, então, uma aluna (adulta) que sabia nadar relativamente bem o Crawl, o Costas e o Peito. Uma vez passei uma atividade para o ensino da virada olímpica que era o seguinte: nadar em velocidade lenta até o outro lado da piscina (17 m) e no meio do percurso fazer uma cambalhota e tentar continuar o nado.
Quando a aluna fez a cambalhota, o movimento não saiu como o esperado e ela se desesperou. Ela ficou com muito medo e pediu eu entrasse na piscina para salvá-la. O desespero foi tão grande que ela não conseguia colocar a mão na borda, que estava do lado dela.
Eu entrei na piscina, e sem tocá-la ou ajudá-la, pedi que ela segurasse na borda. Ela simplesmente estendeu o braço.
A cambalhota é um dos conteúdos da AMA, mas muitas vezes não é ensinado porque alguns professores acham que ela se resume a virada dos nados Crawl e Costas.
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Excelente exemplo, Mestre. Na minha experiência pregressa com natação, muitos anos antes de sequer pensar em cursar ed. física, eu treinava regularmente, sabia todos os nados mais ou menos, mas tinha enorme dificuldade com as viradas, porque entrava água em minhas narinas, e o professor, na época, não deu muita atenção a isso. Eu nunca fiz uma AMA de verdade, pois sempre “achei” que sabia nadar, pelas vivências de infância, e nas vezes em que comecei a praticar natação, eu sempre respondia que já sabia nadar ao professor(a).
Mas tenho duas experiências com o meio aquático marinho que poderiam ter sido trágicas, e hoje sei que se tivesse tido uma AMA dentro desses padrões apresentados pelo Sr., com extensão aos meios marinhos, eu não teria tido problemas, ou eles teriam sido menores. -
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Vejo e percebo comigo e com outras pessoas que posso avaliar é que na maioria das vezes a AMA não aconteceu. E o a possibilidade de o meio aquático levar a oobto por falta de adaptação, traz muita dificuldade para as pessoas. Porém quando encontram profissionais dedicados ao que fazem conseguem Adquirir confiança e perceberem suas maiores dificuldads, e por meio de uma boa didática, qualidade na aula e dedicação destes profissionais, essas pessoas buscam o aprimoramento e percebem que estamos sempre nos adaptando, pois o meio aquático pode nos surpreender com novos desafios.
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Essa questão de se dar atenção à AMA é realmente importantíssimo. As vezes uma simples intervenção muda completamente a execução de um movimento errado. Digo isto, pois recentemente, tambem em relação à virada, vivi a experiência de “receber um toque” de um colega, também professor de Ed Física, que me viu fazendo a virada e notou que retomei o nado todo desconsertado, eu não soltava, simplesmente, o ar pelo nariz durante o giro e dava um certo desespero e prejudicava uma retomada eficiente do nado. Então passei a fazer isso e mudou completamente a concepção do movimento.
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