Como elaborar os objetivos procedimentais, conceituais e atitudinais
- Postado por Guilherme Tucher
- Categorias Notícias, TOP - Natação
- Data 15 de dezembro de 2023
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INTRODUÇÃO
Continuando atendendo aos pedidos dos integrantes do meu grupo no Telegram, hoje o bate papo é sobre como elaborar os objetivos procedimentais, conceituais e atitudinais para a sua aula de esportes aquáticos.
Eu tenho discutido com muita frequência a importância de ministrarmos a nossa aula de natação de forma a atingirmos objetivos claros ao seu final. Esses objetivos são importantes porque direcionarão as atividades de aprendizagem que serão propostas e até mesmo os métodos/estilos de ensino (MOSSTON e ASHWORTH, 2008) que serão utilizados.
De qualquer maneira, mais do que isso, eu tenho discutido a importância de determinarmos objetivos procedimentais, conceituais e atitudinais. Assim, ao final da nossa aula de 50 min, por exemplo, o que o aluno deve saber fazer, deve entender e que comportamento deve apresentar para as situações que foram propostas?
A sugestão dos objetivos ou conteúdos de ensino procedimentais, conceituais e atitudinais vem da preocupação em oportunizar uma formação mais completa ao nosso aluno e sua discussão é mais comum na área da educação (ZABALA, 2008). Entretanto, é inegável a sua contribuição no ensino de qualquer conteúdo de qualquer área do saber.
Por isso, há anos faço essa discussão quando me refiro ao ensino da natação. Entretanto, como esse conhecimento ainda não é bem estabelecido para a natação, e muito menos para os esportes aquáticos, pretendo aqui fazer uma breve contribuição para que os professores que trabalham com os esportes aquáticos possam utilizar desse conhecimento.
Preparado? Então vamos lá.
DESENVOLVIMENTO
O conteúdo de ensino procedimental está relacionado ao saber fazer e geralmente é aquele que mais damos importância nas nossas aulas de natação, pois o nosso “saber fazer” é o “saber nadar”. Assim, ensinamos “ações ou um conjunto de ações” (ZABALA, 2008, p. 44), que aqui podemos entender como movimentos, que levarão o nosso aluno a alcançar aquilo que entendemos por saber nadar.
Os conteúdos de ensino conceituais estão relacionados a necessidade de compreensão – aprender um conceito, um princípio e o seu significado (ZABALA, 2008, p. 43). Queremos que os alunos saibam pensar sobre o conceito, a explicação ou a definição que apresentamos sobre alguma coisa ensinada, com o objetivo de que ele possa utilizar essa informação na melhor compreensão ou interpretação de uma situação ou necessidade de aprendizagem. Seria algo como: eu entendi como se deve fazer, agora tenho melhores condições de fazer.
Por último, os conteúdos atitudinais estão relacionados a valores, atitudes e normas (ZABALA, 2008, p. 46). A proposta é que possamos ensiná-los ao mesmo tempo que ensinamos os conteúdos conceituais e procedimentais. Esses valores são princípios éticos como a solidariedade, o respeito aos outros, a responsabilidade e a liberdade (ZABALA, 2008, p. 46).
As atitudes são tendências relativamente estáveis de uma pessoa em agir de uma determinada maneira de acordo com os seus valores. Posso citar como exemplo a capacidade do aluno “cooperar com o grupo, ajudar os colegas, respeitar o meio ambiente, participar das tarefas escolares” (ZABALA, 2008, p. 46). Finalmente, as normas estão relacionadas as regras de comportamento que seguimos em um determinado grupo social – mesmo que essas regras não sejam explícitas.
Agora que já entendemos o que são esses conteúdos procedimental, conceitual e atitudinal vamos ver como elaborá-los para a nossa aula de esportes aquáticos.
Elaborando os seus objetivos de aula
O raciocínio que faço é o seguinte: conteúdo de ensino é tudo aquilo que queremos ensinar aos nossos alunos. Por sua vez, conteúdos procedimentais são todos os conteúdos que queremos ensinar aos nossos alunos e que estão relacionados ao saber fazer.
Dessa forma, pense um pouco sobre o que você deve ensinar ao seu aluno (conteúdo) e o que o seu aluno deve saber fazer (conteúdo procedimental).
Os objetivos procedimentais
Para a Adaptação ao Meio Aquático, exemplos de conteúdos procedimentais são (i) a descoberta do meio aquático, (ii) a respiração, (iii) a flutuação, (iv) a sustentação, (v) o deslize, (vi) o giro, (vii) o salto e (viii) a propulsão básica. Ou seja, é isso que o aluno deve saber fazer.
Se pensarmos no ensino dos nados formais, poderia citar como exemplo de conteúdos procedimentais (i) a pernada, (ii) a braçada, (iii) a coordenação braço-perna, (iv) a respiração específica, (v) a coordenação braço-perna-respiração específica, (vi) a saída, (vii) a virada e (viii) a chegada. Ou seja, é isso que o aluno deve saber fazer para cada um dos quatro nados formais.
Se pensarmos no polo aquático, poderia citar como exemplo de conteúdos procedimentais (i) a posição básica com pernada em eggbeater, (ii) o Crawl do polo aquático, (iii) o Costas do polo aquático, (iv) a pernada tesoura, (v) a mudança de direção, (vi) a recepção da bola, (vii) o domínio da bola, (viii) a proteção da bola, (ix) o passe, (x) o arremesso, e (xi) a finta. Ou seja, é isso que o aluno deve saber fazer para realizar com qualidade as ações de defesa e ataque no polo aquático.
Para o nado artístico, para os saltos ornamentais e a natação em águas abertas também teríamos um conjunto de conteúdos de ensino procedimentais que poderiam ser citados. Você, professor que trabalha com o ensino desses esportes, deveria ter condições de identificá-lo com facilidade.
O professor que trabalha com esportes aquáticos deve ser capaz de listar todos os conteúdos procedimentais que seus alunos devem aprender. E mais do que isso, qual conteúdo (e sua abrangência) deve ser ensinado para cada nível de aprendizagem.
E vou além, qual é a ordenação pedagógica para o ensino desses conteúdos dentro do nível de aprendizagem. Isso é muito importante, mas não é o que pretendo discutir aqui. Vamos voltar.
Agora que já identificamos o que são os conteúdos procedimentais, fica mais fácil identificar quais são os objetivos de ensino procedimentais. Mas aqui é importante que você tenha atenção a uma coisa. Respire fundo!
Para um mesmo conteúdo de ensino procedimental podemos ter diferentes objetivos de ensino procedimental. O objetivo de ensino procedimental vai variar de acordo com o nível de aprendizagem que estamos nos referindo e do momento que nos encontramos dentro desse nível de aprendizagem – que é representado pelas aulas propriamente ditas.
Assim, teremos o objetivo procedimental desse nível de aprendizagem e o objetivo procedimental de cada aula – lembrando que é o conjunto de aulas de um mesmo nível de aprendizagem que deve levar os alunos a alcançar o objetivo do nível de aprendizagem.
Vamos a um exemplo para uma suposta turma de Adaptação ao Meio Aquático, com crianças de 2-3 anos, que chamaremos de AMA I. Esse nível tem duração de 2 anos. O conteúdo de ensino que escolhi é Sustentação e os objetivos procedimentais desse nível são:
- Manter o corpo na superfície, com posicionamento vertical, com o rosto fora da água, com a ajuda de um flutuador e utilizando movimentos de sustentação.
- Manter o corpo na superfície, em decúbito dorsal, com a ajuda de um flutuador (utilizando-o livremente) e utilizando movimentos livres de braços e pernas para a sustentação.
- Manter o corpo na superfície, em decúbito dorsal, sem a ajuda de um flutuador e utilizando movimentos de sustentação.
Ou seja, durante o Nível I, que tem duração de 2 anos, além de diversos outros conteúdos, mais especificamente sobre a Sustentação, esses são os objetivos procedimentais. Todos os outros conteúdos de ensino desse nível também devem ter seus objetivos procedimentais descritos.
Mas agora precisamos pensar nos objetivos procedimentais das aulas – já que os que apresentei anteriormente foram os do nível de aprendizagem.
Exemplificar aqui os objetivos procedimentais que serão propostos no plano de aula ficará um pouco mais difícil, porque eles podem variar de acordo com a concepção e característica do professor e do nível real da turma. E isso não está errado, as coisas devem ser assim mesmo – cada turma é uma realidade diferente, mesmo que os alunos tenham a mesma idade.
Ou seja, para um mesmo nível de aprendizagem os objetivos que devem ser alcançados são gerais, são institucionais. Mas devido as dificuldades e facilidades do dia a dia, cada professor pode seguir um caminho diferente para alcançar esses objetivos.
De qualquer maneira, apresentarei algumas propostas. O mais importante é que o objetivo procedimental proposto no plano de aula realmente leve o aluno a alcançar o objetivo procedimental do nível de aprendizagem (depois de algumas aulas, é lógico) e que ele seja claro e objetivo (pela minha experiência no ensino dessa tarefa, talvez essa seja a parte mais difícil).
Vamos lá.
Primeiro os exemplos errados. Lembro que estamos falando sobre objetivos procedimentais do ensino da Sustentação para um plano de aula.
A pergunta chave é: o que o aluno deve saber fazer ao final da aula?
- Exemplo 1: Fazer a sustentação.
- Exemplo 2: Sustentar o corpo em decúbito dorsal.
- Exemplo 3: Realizar movimentos de sustentação para se manter na superfície.
Leia os três objetivos procedimentais apresentados anteriormente e tente identificar porque não estão adequados. Quais dificuldades você encontrou? Seria possível propor exercícios de aprendizagem que atendessem exatamente a esses objetivos?
Vamos agora aos exemplos corretos. Vou melhorar as três propostas anteriores.
A pergunta chave é: o que o aluno deve saber fazer ao final da aula?
- Exemplo 1: Fazer a sustentação do corpo na vertical usando movimentos livres de perna por 10 segundos.
- Exemplo 2: Sustentar o corpo em decúbito dorsal utilizando movimentos livres de pernas e braços por 30 segundos.
- Exemplo 3: Realizar movimentos livres de sustentação para se manter na superfície a partir de uma posição auto selecionada.
Veja como esses exemplos de objetivos procedimentais para o ensino da sustentação, para o que chamamos de Nível I (2-3 anos de idade), são melhores do que os anteriores.
Com o primeiro “exemplo errado” (Fazer a sustentação) o professor não sabia exatamente o que deveria ser alcançado, já que a proposta era vaga. Além disso seria difícil de propor os exercícios de aprendizagem, pois o professor não saberia exatamente onde precisa chegar.
Já no segundo exemplo (o correto: Fazer a sustentação do corpo na vertical usando movimentos livres de perna por 10 segundos) as informações são mais precisas e mesmo que ele tenha sido feito por outro professor, você tem melhores condições de entendê-lo e, consequentemente, de propor as atividades de aprendizagem. E consequentemente, ensinar o que deve ser ensinado.
Como estamos falando de crianças de 2-3 anos de idade, achei mais oportuno “cobrar” que realizem movimentos livres para realizar a sustentação, já que ainda estão se descobrindo no ambiente aquático.
A indicação do tempo de realização dessa tarefa também é muito importante, pois realizar a sustentação por 10 segundos, 30 segundos ou 30 minutos são objetivos completamente diferentes.
Agora que já entendemos os objetivos procedimentais, vamos falar dos conceituais. Agora a ideia é: para esses objetivos procedimentais, o que os alunos deveriam entender ou compreender?
Os objetivos conceituais
Da mesma maneira, teremos objetivos conceituais do nível de aprendizagem e para as aulas. Mantendo a proposta do conteúdo de ensino da Sustentação e o nível de aprendizagem, poderíamos ter os seguintes objetivos conceituais para o ensino da Sustentação no que consideramos como Nível I:
- Entender que a sustentação do corpo na água depende da utilização correta do movimento de braços e pernas.
- Entender que o posicionamento corporal influencia na capacidade de sustentação.
- Entender que sustentação é diferente de flutuação.
Até aqui tudo bem?
Agora da mesma maneira, precisam ser indicados os objetivos conceituais para uma dada aula. Considerando os objetivos procedimentais apresentados anteriormente para a Sustentação, eu poderia sugerir a proposta a seguir.
Eu apresentarei somente a proposta correta, pois acredito que você já tenha entendido a importância de se propor um objetivo de aprendizagem de forma clara e objetiva.
Agora a pergunta chave é: o que o aluno deve saber fazer e entender ao final da aula?
- Exemplo 1 (procedimental): Fazer a sustentação do corpo na vertical usando movimentos livres de perna por 10 segundos.
- Exemplo 1 (conceitual): Entender como utilizar as pernas e os pés para criar ações de sustentação.
- Exemplo 2 (procedimental): Sustentar o corpo em decúbito dorsal utilizando movimentos livres de pernas e braços por 30 segundos.
- Exemplo 2 (conceitual): Entender como o posicionamento da cabeça influencia no equilíbrio do corpo na água.
- Exemplo 3 (procedimental): Realizar movimentos livres de sustentação para se manter na superfície a partir de uma posição auto selecionada.
- Exemplo 3 (conceitual): Entender como diferentes posicionamentos corporais na água podem facilitar ou dificultar a sustentação.
O que você achou?
Lembre-se que nesse exemplo estamos falando de crianças de 2-3 anos de idade. Assim, o “entender” para esse nível de aprendizagem é diferente daquele de crianças de 10 anos, por exemplo.
A ideia basicamente é: para aquilo que a criança deve saber fazer, o que ela deve entender?
Exemplos de objetivos procedimentais e conceituais
Vamos a alguns exemplos aleatórios de objetivos procedimentais e conceituais para os esportes aquáticos:
- Objetivo procedimental: atravessar 10 m submerso realizando o mínimo de pernadas do nado Peito, mantendo os braços estendidos sobre a cabeça.
- Objetivo conceitual: (i) entender a importância do adequado posicionamento dos braços na diminuição da resistência frontal e (ii) entender a importância da junção dos pés e sua manutenção nessa posição ao final de cada ciclo de pernada.
- Objetivo procedimental: nadar 25 m Borboleta com respiração 2×1.
- Objetivo conceitual: compreender o que é respiração 2×1.
- Objetivo procedimental: nadar 15 m de Crawl Polo Aquático mantendo a bola sob domínio.
- Objetivo conceitual: entender que o movimento dos braços tem importância propulsiva e de controle da bola.
- Objetivo procedimental: realizar um ciclo de quatro passes e recepções, com velocidade confortável de movimento e alternando os braços, tendo o outro colega a três metros de distância.
- Objetivo conceitual: (i) entender como deve ser o posicionamento dos dedos e da mão durante a recepção da bola e (ii) entender como é a ação do punho na finalização do movimento do passe.
Como eu disse, esses são apenas exemplo aleatórios, mas espero que tenham contribuído com o seu entendimento.
Os objetivos atitudinais
Vamos falar rapidamente sobre os objetivos atitudinais. Enquanto os objetivos procedimentais e conceituais estão bem próximos e são mais interdependentes, o objetivo atitudinal é mais independente. Nós podemos pensar nele como o comportamento que gostaríamos de desenvolver em nossos alunos – dentro de cada nível de aprendizagem e, parcialmente, ao final de cada aula.
Apesar de haver essa “distância” do objetivo atitudinal para o procedimental e o conceitual, ele tem grande dependência do nível de aprendizagem e da característica dos alunos. Assim, possivelmente, alguns objetivos atitudinais para uma escola de natação em um bairro nobre da cidade poderiam (ou deveriam) ser diferentes daqueles de um projeto para crianças em área de vulnerabilidade social.
Vamos a alguns exemplos de objetivos atitudinais para aquilo que eu chamei de Nível I:
- Ser receptivo as orientações do professor.
- Respeitar as orientações do professor.
- Respeitar as normas de utilização da piscina e dos demais locais de aprendizagem.
- Ser receptivo às novas experiências de aprendizagem.
- Estabelecer um laço de confiança com o professor.
- Estabelecer um laço de confiança com os demais colegas.
- Ajudar os colegas em caso de necessidade.
- Ter confiança e participar das atividades individuais e coletivas propostas.
- Ter autonomia nas ações e cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar.
- Formar bons hábitos e costumes, como: solidariedade, cooperação, interesse, participação, sociabilidade, confiança, autoestima, respeito ao próximo e justiça.
- Respeitar as diferenças e dificuldades dos colegas, estimulando o bom convívio coletivo.
- Não desperdiçar água.
- Cuidar dos materiais utilizados na aula.
- Sentir-se motivado em participar de eventos/festivais/avaliações propostos no processo de aprendizagem.
CONCLUSÃO
Para concluirmos, tenha em mente que para tudo aquilo que queremos que o aluno saiba fazer, tem algo que ele deveria entender. Além disso, esse entendimento pode ajudá-lo a fazer o movimento com mais qualidade e de forma consciente – permitindo inclusive, que o aluno tenha condições de fazer sua autocorreção. Por isso o objetivo conceitual é tão importante.
O objetivo atitudinal está mais associado a comportamentos e valores que esperamos desenvolver em nossos alunos. Eles podem variar de acordo com a idade dos alunos, nível socioeconômico e nível de aprendizagem. Inclusive atletas jovens deveriam ter essa oportunidade – ou esse privilégio.
Lembre-se também que esse tipo de abordagem não é muito explorada nos esportes aquáticos, apesar de eu reconhecer a sua importância. Por isso, você professor, deve ser capaz de identificar os seus conteúdos de ensino e os seus objetivos procedimentais. Depois disso, os objetivos conceituais associados a eles.
Por fim, os objetivos atitudinais podem estar, ou não, associados aos objetivos procedimentais e conceituais. Eles são os comportamentos ou atitudes que esperamos dos nossos alunos.
Todos esses três objetivos devem estar coerentes com o nível de ensino, que geralmente é dependente da idade e do domínio aquático dos nossos alunos.
Agora é com você.
Sugestão de leitura
MOSSTON, M.; ASHWORTH, S. Teaching Physical Education. 1. 2008.
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Penso Editora, 2008.
Tag:Aprendizagem, natação
É docente no curso de graduação e no programa e pós-graduação em educação física da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na EEFD ainda é coordenador do Grupo de Pesquisa em Ciências dos Esportes Aquáticos (GPCEA).
Doutor em Ciências do Desporto (2015), Mestre em Ciência da Motricidade Humana (2008), Especialista em Esporte de Alto Rendimento (2014), em Natação e Atividades Aquáticas (2004) e em Treinamento Desportivo (2005), e Graduado em Educação Física (2003).
Docente no ensino superior desde 2005, atuou ainda como professor de natação trabalhando com diferentes níveis de aprendizagem e aperfeiçoamento, bem como treinador de natação competitiva participando de campeonatos estaduais (RJ) e nacionais.