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Pedro Mello
ParticipanteAcredito que na natação, existe uma dificuldade em se ter uma avaliação progressiva dos alunos. É muito comum haver um método de avaliação por desempenho e não por evolução. Por exemplo: Os testes/avaliações são feitos através de uma demonstração dos nados formais como uma prova com data marcada em um dia específico. Na minha opinião, isso é uma maneira que ignora o processo de evolução técnica e física do aprendiz, pois só leva em conta uma performance e ignora tudo aquilo que o aprendiz fez durante um período de treinamento. Por isso, apoio um método de avaliação que envolva uma análise constante do progresso do aluno, a frequência nas aulas, a dedicação, participação, comprometimento, na melhora em determinada técnica. Sendo assim, uma análise de desempenho abrangerá tudo aquilo que aquele aluno em particular progrediu dentro do programa de curso. Assim o professor pode avaliar o nado de uma maneira global e natural respeitando a individualidade de cada um. Um bom desempenho será consequência e não uma obrigação.
Pedro Mello
ParticipantePara o professor é essencial que se reconheça os 3 níveis de conhecimento nas aulas de natação, em igual dimensão. O que é muito comum vermos é o professor de natação reconhecer apenas o primeiro nível: Procedimental. Isso ocorre porque isso diz sobre o domínio da execução dos movimentos. Para um professor que trabalha com isso e tem a rotina da técnica é o que ele mais domina. Porém enxergando a natação como um processo que não existe sem a relação professor-aluno, os outros níveis muitas vezes são esquecidos porque é justamente quando o aluno entra no processo. Pois ele não somente executa, mas percebe o próprio movimento e se corrige. Uma coisa é o aluno entender o que o professor quer que ele faça, outra é ele fazer e entender o porque o que ele fazia era errado, ou no que ele pode melhorar para que evolua. Isso denota que ele está no caminho para aprender com eficácia. Com isso, é inegável que isso afetará no terceiro nível: Atitudinal. Porque isso irá modificar a visão que o mesmo tem como aprendiz, perceberá que a natação não é somente uma repetição de movimentos, mas um conhecimento do que o próprio corpo pode fazer. Sendo assim, os 3 níveis de aprendizado são indissociáveis e inerentes a um bom ensino da natação.
Pedro Mello
ParticipanteRespondendo a questão da Thayná. Na minha opinião, as técnicas do nado não existem por acaso. É um consenso científico de que existem melhores tipos de movimentos para que ocorra uma melhor resposta dependendo do estímulo, seja para deslocamento, flutuação, respiração, ou velocidade, etc. Porém acho importante que isso seja passado didaticamente de uma maneira natural, pois muitas vezes fica muito longe do que o aluno entende por natação. Muitas vezes excluem-se as vivências próprias e do estilo de quem está aprendendo visando uma técnica específica. Mas entendo que essa é uma visão de ensino que vem de muito tempo, desde o início do que se entende por educação física (sempre atrelada ao desempenho esportivo). Todavia o debate é sempre importante para que hajam melhorias nos processos pedagógicos atuais.
Pedro Mello
ParticipanteConcordo. O ensino da natação ou de qualquer outra atividade que demanda aprendizado necessita de um planejamento para que se pense no objetivo, mas principalmente em como esse objetivo será alcançado. Deve ser levado em consideração diversos fatores como: as características de cada aluno, o ambiente, o tempo disponibilizado para as aulas, entre outros. O planejamento de ensino é essencial para que haja a organização das ideias e do conteúdo a ser trabalhado, e não somente atividades aleatórias que quando somadas não levam há um objetivo previamente estabelecido, pouco agregam na evolução do nado e da evolução pessoal dos alunos. Acredito que o aluno mais aprende quando ele tem consciência de que cada aula faz parte de um todo, e que cada processo é importante. Por isso cabe ao professor ter o domínio do planejamento e estimular o aluno a perceber onde está inserido e no que pode melhorar.
Pedro Mello
ParticipanteA água não é o meio na qual estamos acostumados a estar. Por isso, não se espera que nenhum indivíduo, independente da idade, tenha a obrigação de dominar esse meio. Ainda mais quando se fala a cerca de técnicas de nados formais que exigem uma prática constante que a maioria não está apta a ter, seja por limitações físicas ou psíquicas ou até mesmo porque não tiveram oportunidade de praticar nesse meio durante a infância. Sendo assim a progressão é fundamental para a criança, se adaptar, e consequentemente gostar desse ambiente. Acredito que a evolução da natação nessas pessoas é muito maior se comparado à obrigação de um desempenho esportivo. Ninguém gosta de aprender sob pressão, ainda mais quando se fala de crianças que ainda estão formando uma segurança em si mesmas a cerca da vida. Cada uma com sua própria história que pode ter mais ou menos contato com o meio aquático. Não há problema algum em entrar em um meio de competição esportiva, pelo contrário, mas cabe às mesmas o direito dessa escolha. E Exigir delas além dos limites pode ser mais limitante do que motivador.
Pedro Mello
ParticipanteNado Crawl
Esse tipo de nado ocorre em decúbito ventral em relação a água. A pernada ocorre durante todo o processo do nado, ocorrendo a “batida” do pé alternadamente em flexão plantar para que ocorra o deslocamento frontal na água. A braçada deve acontecer em 2 fases. A fase aérea, onde as mãos vão a frente, eleva-se o cotovelo e a ponta dos dedos entram primeiro na água, e a fase submersa, onde o indivíduo deve puxar a água em direção si e deve ser feito um “s” ao redor do tronco para evitar a resistência do próprio corpo e favorecer o deslocamento. A respiração ocorre em sincronia com a braçada podendo ser lateral ou bilateral, sendo 2 braçadas para cada respiração ou 3 braçadas para cada respiração respectivamente. O ar deve ser puxado pela boca e soltado pelo nariz dentro da água. É importante que se mantenha a posição horizontal durante o nado e a face permaneça em direção ao fundo da piscina para evitar o mínimo de resistência possível no meio aquático. -
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