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Guilherme Tucher.
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11 de janeiro de 2021 às 16:14 #8421
Allan Jhones da Silva Novaes
ParticipanteGuilherme, tenho uma dúvida sobre essas variáveis. Veja se meu raciocínio está correto, por favor.
Variável de controle é aquela que conhecemos e devemos nos preocupar em controlar pois elas podem influenciar na mudança da variável dependente.
E a diferença da variável de controle para a interveniente é que nesta não conhecemos, mas do mesmo jeito pode influenciar na variável dependente.
Ou seja, só vamos identificar uma variável interveniente durante ou após a aplicação dos testes do estudo.
É isso?
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Allan Jhones da Silva Novaes.
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14 de janeiro de 2021 às 16:13 #8470
Guilherme Tucher
MestreAllan, é por aí mesmo.
A variável dependente pode ser influenciada por diferentes variáveis. Se não conhecermos e controlarmos essas variáveis (de controle) como teremos certeza que a mudança na variável dependente se deve a influência da variável independente?
A variável interveniente ou estranha deve ser encarada como algo desconhecido. Se for algo sabido e você não considerou no seu estudo (mas a literatura já sabia disso), isso pode ser encarado como um erro metodológico.
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15 de janeiro de 2021 às 11:03 #8494
Allan Jhones da Silva Novaes
ParticipanteEntendi, Tucher!
Mais uma vez fica a importância de muita leitura sobre o tema que pretende estudar. Pra conhecer as variáveis de controle levantadas e os possíveis erros metodológicos em outros estudos.
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22 de janeiro de 2021 às 14:23 #8737
Guilherme Tucher
MestreLembrando que nem todos os estudos teremos esse relacionamento entre as variáveis.
De qualquer maneira, conhecer essa complexidade do processo, pode ajudar em qualquer tipo de estudo.
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14 de janeiro de 2021 às 21:02 #8489
fhfreitas
ParticipantePrezado Guilherme,
Considerando que a grande maioria dos estudos, na educação física, têm caráter quase-experimental, é correto considerarmos variáveis tais como: horas de sono, alimentação, hidratação, se não controladas, como variáveis intervenientes? Isto é, temos discernimento sobre a existência dessas variáveis, porém, na prática, em um estudo quase-experimental, é inviável controlá-las. Portanto, o que determina se uma determinada variável é interveniente: a impossibilidade de controlá-la ou o desconhecimento pleno de sua existência?-
22 de janeiro de 2021 às 14:22 #8735
Guilherme Tucher
MestreExcelente questão, Fábio.
Me desculpe por não ter respondido antes (não havia assinado esse fórum).
Entendo que nesse caso essas variáveis se tornariam intervenientes (e em acordo com as suas duas considerações: impossibilidade de controlá-la ou desconhecimento pleno da sua existência).
Entretanto, precisaríamos pensar o quanto que essas variáveis sabidamente podem influenciar no seu estudo.
Em alguns casos o seu controle pode ser determinante, e ao não realizá-lo podemos cometer um erro metodológico (limitador da qualidade dos resultados).
Em outros, o seu conhecimento/indicação pode ser o suficiente para especulações.
O que acha?
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19 de janeiro de 2021 às 19:19 #8650
Juliana Paiva de Moraes
ParticipanteTambém estou em dúvida sobre as variáveis, confesso que não estou segura se classifiquei corretamente no trabalho.
Li e reli minhas anotações e o vídeo, mas não cheguei a um entendimento claro no momento da aplicação no meu projeto.-
22 de janeiro de 2021 às 14:28 #8738
Guilherme Tucher
MestreJuliana, me desculpe pela demora.
Não se preocupe, acredito que essa não é uma tarefa das mais fáceis – por incrível que pareça. Mas vamos chegar lá.
De qualquer maneira, como respondi ao Allan, nos estudos experimentais e quase-experimentais que as variáveis são percebidas. Se esse não for o seu caso, não se preocupe.
Mesmo assim, é importante entender como identificá-las.
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22 de janeiro de 2021 às 15:46 #8744
fhfreitas
ParticipanteNobre amigo boa tarde,
De fato, algumas variáveis, por diversos, fatores, na prática, não conseguimos controlá-las. Assim sendo, corroboro seu discurso, além de ratificar a necessidade de realizar uma avaliação minuciosa no que tange a quais variáveis podem influenciar nos resultados do estudo.
Muitos estudos caracterizam essa ausência de controle como uma limitação metodológica, o que consequentemente, pode influenciar a validade interna do trabalho e dar margens para um possível viés e especulações.
Muito obrigado pela resposta e um grande abraço.
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26 de janeiro de 2021 às 20:25 #8821
Juliana Paiva de Moraes
ParticipanteOi Guilherme,
Obrigada pela explicação.
Acredito que conforme estou fazendo os trabalhos e estudando sobre o assunto, lendo seus textos, tem ficado mais claro para mim.
Fiquei confusa no meu projeto, pois estava sem entendimento do que eu iria medir.
Exemplo: achei que o que mediria seria a massa muscular, mas depois percebi que a massa muscular será o meu resultado e o que estarei medindo será o treinamento aeróbico ou treinamento de força.
estou com o raciocínio correto?-
3 de fevereiro de 2021 às 10:03 #9041
Guilherme Tucher
MestreJuliana, depende do que você entende por “medir”.
Me parece que a massa muscular é a sua variável dependente. Ela será modificada (ou não) a partir do que você oferecer de estímulo aeróbico ou de força – que são as suas variáveis independentes.
Nesse caso, você deve controlar o melhor possível as suas variáveis independentes (e as de controle) para que as mudanças na massa muscular (variável dependente) sejam causadas exclusivamente (num mundo teórico e ideal) pelo tipo de treinamento.
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3 de fevereiro de 2021 às 21:41 #9081
Juliana Paiva de Moraes
ParticipanteOi Guilherme,
Era essa mesmo a minha dúvida…
Agora percebi que realmente entendi.
Muito obrigada!-
8 de fevereiro de 2021 às 14:53 #9184
Guilherme Tucher
Mestre😉
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14 de fevereiro de 2021 às 18:38 #9324
paulocostancf@gmail.com
ParticipanteBoa tarde Srs.
A pesquisa que desenvolvo é do tipo experimental, com modelos murinos, em que tenho o controle de muitas variáveis, tais como, alimentação, hidratação, temperatura, Umidade Relativa do ar, etc.
As pesquisas com tais modelos, principalmente na área da neurociência tem investido no desenvolvimento de modelos que possam avaliar fatores cognitivos, como por exemplo, a identificação de objetos/ambientes novos ou familiares, não somente para o estudo dos processos de memórias, mas principalmente para distinguir possíveis variáveis intervenientes (relativas às respostas de reconhecimento/memória ou de locomoção) que podem ser confundidas com os comportamentos de determinadas emoções (ex: as respostas de inibição comportamental da ansiedade ou de desistência/imobilidade da depressão).
Outro exemplo envolvendo modelos murinos, seria a indução a um determinado fármaco, como exemplo, aloxana, tóxico a glicose, que provoca a variação da glicemia, podendo levar à Diabetes Mellitus Tipo 1. Assim, diante de uma situação como a variação da glicemia em função da droga utilizada, pode existir uma variável interveniente numérica (no caso, o tempo de exposição e os tipos de linhagens diferentes), que pode levar ao uso de um método estatístico pouco visto nas publicações científicas, que é a análise de covariância (ANCOVA), que é a aplicação de uma modelagem linear geral, mesclando ANOVA (análise de variância) com análise de regressão.
Logo, seguindo àquele ditado, que é “melhor prevenir que remediar”, uma forma de minimizar e/ou contornar um problema é evitá-lo, ou seja, as possíveis variáveis intervenientes (de confusão) precisam, ainda na fase de planejamento do estudo, de serem identificadas e, excluídas (quando possível) ou pelo menos controladas.
Logo, em pesquisas experimentais, uma forma sensata seria usar animais de mesma linhagem, com o mesmo tempo de exposição a um determinado fármaco, tempo correndo na esteira, tanque de natação, por exemplo.
Assim, ideal seria utilizar animais irmãos de uma mesma ninhada e do mesmo sexo, dando uma característica isogênica, consanguíneas (in bred), com homozigose em torno de 99%, possuindo características genéticas idênticas, a fim de reduzir os fatores divergentes que são característicos de estudos em seres humanos.-
15 de fevereiro de 2021 às 11:01 #9349
Guilherme Tucher
MestreExcelente, Paulo.
Agradeço pelas suas considerações.
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