Marcado: leitura científica
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Guilherme Tucher.
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14 de outubro de 2020 às 20:46 #5486
Guilherme Tucher
MestreVamos a mais uma questão de fixação da aprendizagem:
Por que os autores Adler e Doren induzem o leitor a conversar com o autor? Qual é a consequência dessa iniciativa?
Escreva a sua resposta e comente a resposta de um dos colegas, indicando concordâncias e discordâncias e destacando os motivos do seu ponto de vista.
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7 de dezembro de 2020 às 11:46 #7472
Allan Jhones da Silva Novaes
ParticipanteEssa ação deve ser realizada com a função de evidenciar quais os pontos que você discordou / ou concordou dele / com o autor. Lemos por que queremos nos apropriar das informações. Concordaremos ou não com o autor a partir do entendimento gerado por outras leituras que já temos. Muitas informações nos livros podem ser apenas opiniões ou ponto de vista do autor da obra.
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12 de dezembro de 2020 às 10:20 #7817
Ronan Waeger Raposo
ParticipanteConversar com os autores é uma iniciativa importante para o desenvolvimento da leitura ativa. Lembrar de outros autores que concordam ou discordam com a ideia apresentada enriquece o debate. Porém para que isso seja realizado de forma organizada é necessário realizar anotações, marcações e questionamentos durante a leitura.
Nesse sentido, concordo com o que explanou o amigo Allan.
“Muitas informações nos livros podem ser apenas opiniões ou ponto de vista do autor da obra.”
Identificar o que é opinião ou conhecimento científico faz toda diferença na relevância do estudo e consequentemente na importância que deveremos dar a aquela leitura.
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Ronan Waeger Raposo.
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Ronan Waeger Raposo.
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12 de dezembro de 2020 às 19:10 #7822
paulocostancf@gmail.com
ParticipanteSegundo Adler e Doren (2010) ler um livro é uma forma de conversa, embora pareça estranho, pois o livro, por ser um objeto, permanece “calado” o tempo todo. Porém, a ideia é que o leitor entenda o que está lendo, e para isso os autores consideram que o entendimento é uma operação de mão dupla; o leitor deve perguntar a si próprio e a seu livro. Assim, o leitor deve fazer um pouco mais além de emitir um parecer acerca das concordâncias ou discordâncias do conteúdo, ele deve ter motivos para isso. Ademais, as anotações são, literalmente, a expressão das concordâncias e discordâncias que o leitor teve com o autor.
Concordo com que o Alan disse, pois o background que temos a partir de literaturas anteriores nos dará uma visão crítica às literaturas vindouras. -
14 de dezembro de 2020 às 10:01 #7873
Guilherme Tucher
MestrePessoal, excelente!
Vamos esperar pela participação dos outros colegas.
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16 de dezembro de 2020 às 14:51 #7920
ricardomello
ParticipanteA conversa com o autor tem por finalidade o entendimento do texto que foi apresentado, os autores sugerem que você faça perguntas durante a leitura, são elas: O livro fala sobre o que? O que exatamente está sendo dito e como? O livro é verdadeiro, em todo ou em parte? Como essa informação pode ser útil para mim?
Dessa forma buscamos o entendimento e não somente a informação. Outra sugestão que pode ajudar nesse processo é a realização de marcações (sublinhar, escrever comentários) durante a leitura.
Utilizando essas técnicas podemos selecionar de forma mais precisa aqueles textos que merecem nossa atenção, como os autores mesmos dizem:
“Muitos livros não merecem ser lidos, poucos devem ser lidos em baixa velocidade e alguns merecem ser lidos rapidamente”
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16 de dezembro de 2020 às 16:58 #7924
Guilherme Tucher
MestrePessoal, o Ricardo comentou sobre a proposta de fazermos anotações e apontamentos nos nossos textos?
Vocês fazem isso? Por que, para você, isso é importante?
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22 de dezembro de 2020 às 19:47 #8031
ricardomello
ParticipanteConfesso que não tinha o hábito de fazer as marcações em todos os textos, mas sempre que acreditava que um artigo era importante eu sublinhava as partes principais. Além disso tenho uma tabela que divide as principais partes do artigo, esse resumo do na tabela facilita bastante, pois quando preciso novamente do texto não tenho que ler o artigo inteiro novamente.
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23 de dezembro de 2020 às 14:10 #8033
Guilherme Tucher
MestreBacana, Ricardo. Muitas vezes desenvolvemos estratégias próprias e que não foram citadas por mim na apresentação.
Vocês poderiam citar algumas estratégias de leitura que desenvolveram por conta própria?
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26 de dezembro de 2020 às 0:56 #8051
fhfreitas
ParticipanteCorroboro integralmente seu ponto de vista no que tange a importância de estabelecer um diálogo direto e constante com o autor. Além disso, foi categórico ao elucidar que alguns livros não merecem ser lidos, enquanto outros, merecem ser lidos em baixa velocidade. Adicionalmente, expôs com muita propriedade uma técnica de leitura utilizada com o intuito de melhorar a leitura de textos, quer sejam científicos ou não.
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5 de janeiro de 2021 às 12:35 #8248
Juliana Paiva de Moraes
ParticipanteA conversa com o autor ao meu ver é proposta como um modo de expressar o entendimento, nesta conversa podemos fazer um link com o primeiro tópico, pois só realizando uma leitura ativa você terá embasamento para conversar com o autor.
A consequência dessa conversa é o melhor entendimento do assunto, como vimos nos vídeos e que foi também citado na argumentação do nosso colega Ricardo Mello, é dessa forma que iremos aumentar nosso entendimento sobre o assunto e não somente obter mais informação.
Fazer perguntas ao autor é também uma ótima maneira de se auto avaliar, tanto para saber se temos conhecimento sobre o assunto ou se a leitura te trouxe mais conhecimento, e até mesmo se concordamos ou discordamos do autor, ou seja, nos proporciona um “aprendizado ativo”.
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20 de dezembro de 2020 às 17:37 #7989
Tamiris
ParticipanteAo conversar com o autor o leitor é capaz de desenvolver melhor o seu entendimento sobre o assunto e senso crítico. Os autores destacam a importância das perguntas durante a leitura, e também das anotações e marcações. Essas ações auxiliam no entendimento do que está sendo lido, além de ajudar na organização de ideias. É interessante fazer comparações e questionamentos relacionando o assunto apresentado a informações lidas anteriormente, concordando ou discordando do autor.
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21 de dezembro de 2020 às 17:24 #8014
Guilherme Tucher
MestreIsso mesmo, Tamiris. Também acho que essas “perguntas” são interessantes porque são as respostas para aquilo que você quer. Ou seja, você espera solucionar um problema que é seu.
Se nem você sabe o que pretende aprender, como o livro irá te ensinar…
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4 de janeiro de 2021 às 18:46 #8225
Priscila Leite
ParticipanteVerdade! Essas técnicas foram ótimas. Organiza o pensamento sobre o que estamos lendo.
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22 de dezembro de 2020 às 16:15 #8023
Marco Ferreira
ParticipanteConvesar com o autor pra mim é semelhante as teorias da psicologia comportamental, que sugerem que no eixo de ensino aprendizagem existem estimulos e respostas
o estímulo seria então dado pelo autor, que produz uma resposta, que é a do leitor.
assim como noutro texto citado no vídeo do prof. Tucher, o livro é uma forma de obter uma aprendizagem sem a limitação dos estímulos do professor, entretanto o estímulo vem do autor.
Na realidade, eu enxergo um paradigma nessa questão, pois não somos ensinados ou orientados a ler dessa maneira, conversando com o autor e produzindo uma analise crítica sobre o que estavamos lendo.
Portanto, a primeira mudança seria na maneira como ler, para então criar essa habilidade de conversar com o autor.
E nada como ler rabiscando o livro.
Só não rabisquem livros que foram emprestados, porque isso atrapalha! -
22 de dezembro de 2020 às 17:41 #8026
Guilherme Tucher
MestreLegal, Marco!
Depois dessa visão percebemos que ler não é tão simples assim. Você acredita que essas técnicas de leitura teriam sido importantes para vocês na graduação?
O que acham?
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23 de dezembro de 2020 às 20:51 #8034
Marco Ferreira
ParticipanteCertamente professor.
Mas não sei se um graduando tem maturidade academica pra encarar isso com a seriedade que exige.Temos que experimentar, não tem jeito.
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26 de dezembro de 2020 às 0:51 #8050
fhfreitas
ParticipanteProfessor Guilherme,
Em se tratando de artigos científicos, em linhas gerais, comumente, utilizo um modelo de resumo de artigos onde, coleto algumas informações tais como: conceitos relevantes; o que diz a literatura científica a cerca da temática proposta pelo autor; objetivo do estudo; métodos e procedimentos; resultados; mecanismos fisiológicos que justifiquem tais resultados; tratamento estatístico realizado; conclusão e aplicabilidade prática; limitações metodológicas; e um item intitulado: minhas considerações.
Além disso, costumo utilizar uma moldura teórica como o intuito de organizar os dados oriundos de diferentes artigos em um mesmo local.
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24 de dezembro de 2020 às 9:38 #8039
Guilherme Tucher
MestreConcordo, Marco.
Mas confesso que já trabalho com essa proposta do Severino há alguns anos no ensino superior e a utilizei no ensino médio (quando trabalhava com educação física escolar).
Nos dois casos ensinava a proposta de maneira mais simples e objetiva – não com a profundidade que fizemos aqui. E os resultados eram positivos.
É lógico que para alguns não fazia a menor diferença, pois não tinham interesse. Entretanto, para outros, a mudança era evidente.
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30 de dezembro de 2020 às 4:13 #8092
Marco Ferreira
ParticipanteEntão nesse caso professor, não existem impedimentos para utilizar
Já está comprovado que produz resultados , então é mãos a obra e tentar por experimentação-
30 de dezembro de 2020 às 9:18 #8093
Guilherme Tucher
MestreIsso mesmo, Marco. Depende de nós, docentes, tomarmos essa iniciativa. E como eu escrevi, o pouco nesse caso é muito.
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26 de dezembro de 2020 às 0:44 #8049
fhfreitas
ParticipanteConversar com o autor é uma prática de suma importância para que tenhamos uma visão holística e um melhor entendimento do texto. Se considerarmos um artigo científico, por exemplo, comumente, apresentamos algumas dúvidas, questionamentos, visualizamos algumas lacunas não elucidadas pelo(s) autor(es), e, inevitavelmente, confrontamos as ideias e achados desses autores com tudo aquilo que é evidenciado, suportado pela literatura científica.
Dessa forma, ao realizarmos uma leitura mais crítica (etapa sintópica) e detalhada (etapa analítica) é elementar que façamos alguns questionamentos, por isso, o diálogo com o(s) autor(es) torna-se fundamental para que tenhamos uma melhor compreensão do texto apresentado pelo emissor.
Portanto, existem textos que não merecem ser lidos, enquanto, outros merecem uma leitura mais crítica, analítica e pontual. -
28 de dezembro de 2020 às 11:37 #8056
Guilherme Tucher
MestreMuito bom, Fábio.
Como você citou, existem diferentes maneiras de estabelecer esse diálogo com o autor e extrair o máximo possível de informação do texto. Acredito que essa proposta que você já utiliza seja algum tipo de fichamento.
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28 de dezembro de 2020 às 12:53 #8061
Michele Andrade de Brito
ParticipanteÉ uma forma de reflexão sobre o assunto, de participação ativa na leitura. É importante ser critico em relação a tudo aquilo que vamos ler, e nos faz transpor aprendizado.
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28 de dezembro de 2020 às 13:18 #8063
fhfreitas
ParticipanteSim professor Guilherme, utilizo um modelo de fichamento que aperfeiçoei e continuo aperfeiçoando a cada leitura. Utilizo essa técnica há algum tempo e isso me ajuda bastante. Entretanto, após assistir as vídeo-aulas e ler todo o material didático, incorporei algumas técnicas sugeridas por Severino, o que, consequentemente, mudou parcialmente, as técnicas de leitura de que utilizava até então.
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28 de dezembro de 2020 às 13:01 #8062
Michele Andrade de Brito
ParticipanteConcordo com Ricardo Mello, devemos utilizar de estratégias para realizar está conversa, seja indagando através de perguntas ou grifando, cada um a sua maneira, desta forma podemos nos apropriar sobre o assunto e deixar em evidencia aquilo que mais nos importa no texto.
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28 de dezembro de 2020 às 13:40 #8066
Guilherme Tucher
MestreVerdade, Michele.
Acabei de escrever isso para o Fábio. Como aprendemos de forma diferente, precisamos descobrir a maneira que é mais interessante para o nosso caso, usá-la e aperfeiçoá-la.-
28 de dezembro de 2020 às 14:27 #8072
fhfreitas
ParticipanteSem dúvida alguma professor Guilherme. De fato, esse é o grande atrativo e o que mais me fascina no processo de aprendizagem. Ao longo de nossa trajetória, baseado em todo o conhecimento, vivências e experiências adquiridas ao longo do processo, constantemente, fazemos ajustes, nos aperfeiçoamos, e adequamos algumas técnicas de acordo com nossas necessidades, objetivos e anseios. Portanto, concordo piamente com suas palavras.
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30 de dezembro de 2020 às 9:36 #8095
Guilherme Tucher
MestreIsso mesmo, Fábio.
Essa discussão me lembra uma explicação que li uma vez sobre os termos habilidade e competência.
A habilidade é a capacidade de utilizar técnicas e instrumentos de forma adequada. Mas a habilidade, por si só, não te permite resolver problemas. Os problemas são resolvidos de forma adequada quando adquirimos competência.
Assim, não adianta ficar decorando datas, textos, receitas e protocolos se essa habilidade não for útil para resolver os problemas da vida real.
abraços
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29 de dezembro de 2020 às 17:14 #8087
gabrielpedrosa
ParticipanteSim, e este fator de deixar em evidência as informações, correlaciona-se com o que estamos discutindo na disciplina e foi proposto na última atividade. A escrita de forma clara, para que interesse ao leitor.
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28 de dezembro de 2020 às 13:36 #8065
Guilherme Tucher
MestreExcelente, Fábio. O mais interessante é que com esses “ajustes” tornamos a proposta mais adequada as nossas particularidades e necessidades.
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29 de dezembro de 2020 às 12:49 #8081
Roberto
ParticipanteAbordando essa técnica utilizada pelos autores e até mesmo falando por experiência própria, se queremos nos aprofundar na leitura temos que conversar com o autor, entender de onde surgiram as conexões do texto e as suas problematizações. Anotar, sublinhar e perguntar, podem facilitar a comparação com outros textos que escrevem sobre o mesmo assunto, com informações concordantes ou não. Só assim alcançaremos realmente o entendimento.
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29 de dezembro de 2020 às 17:12 #8086
gabrielpedrosa
ParticipantePorque essa indução proporciona meios eficazes para uma leitura ativa. O autor ao conversar com o leitor, permite uma aproximação deste com a sua escrita, assim, possibilitando uma conexão com outros autores e outras obras, proporcionando ao leitor mais interesse pela leitura em questão, e maior afinco, o que é um passo para a prática de leitura ativa.
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29 de dezembro de 2020 às 20:39 #8088
Guilherme Tucher
MestreRoberto e Gabriel, que bom que participaram!
É isso mesmo. 👏🏼👏🏼👏🏼
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30 de dezembro de 2020 às 19:47 #8113
Francisco Lamassa Junior
ParticipanteBoa Noite amigas e amigos
Para os autores este “bate papo” pode ser feito de diferentes formas, ou seja, cada leitor terá uma forma de conversar o autor. Embora tenham perguntas básicas para serem feitas/respondidas para tornar a leitura ativa e regras a serem seguidas, as estratégias de registros serão particulares. Portanto, o leitor precisará criar códigos que facilitem sua compreensão e também indentificar pontos divergentes e convergentes do texto. Para tal, ambas a partes “precisam falar a mesma lingua”.
Neste sentido, para esta “conversa” o leitor precisa ter conceitos/concepções anteriores que permitam um entendimento básico do que está sendo abordado. Assim, ter lido diferentes autores, principalmente aqueles de posicionamento contrário, auxiliam na reflexão sobre o texto e ajuda a entender o ponto de vista do autor.
Esta forma de ler artigos e/ou livros é interessante e parece ser muito eficaz. No entanto, a fim de estabelecer uma análise crítica sobre a aplicação desta estratégia no nosso cotidiano, é possível apreender que pode tornar-se algo complicado. Por exemplo, se estudante não tiver que utilizar o texto que está sendo lido para contextualizar seu estudo, e puder ler em dois ou três dias, a técnica seria melhor aplicada, mas com o pragmatismo que permeia o meio acadêmico, especialmente no Brasil, que não permite este tempo, a técnica poderá ser utilizada percialmente ou deixada de lado.
O que os colegas pensam desta minha reflexão?
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1 de janeiro de 2021 às 15:00 #8123
Guilherme Tucher
MestreAgradeço pelas considerações, Lamassa.
Que pragmatismo é esse exatamente?
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5 de janeiro de 2021 às 10:50 #8245
Francisco Lamassa Junior
ParticipanteBom Dia Dr. Guilherme e Amigxs
Então! Respondendo ao questionamento do Dr. Guilherme, no meu entendimento, o pragmatismo, como doutrina filosófica, tentar basear a verdade, se é que existe, em valores práticos, ou seja, uma pessoa pragmática é aquela que tenta resolver as coisas de forma mais ágil e através de ações práticas. O paralelo que pretendi expor entre o pragmatismo e o meio acadêmico brasileiro, está na valorização excessiva, principalmente no campo da Educação Física, de pesquisas de causa e efeito, que mensuram a qualidade de estudo/artigo pela sua análise quantitativa. Outro ponto de vista possível é cobrança perversa por produtividade, que não permite leituras mais aprofundadas dos textos e acabamos apenas como “reprodutores de citações”, as revistas restringem cada vez mais os números de páginas/caracteres. Assim, estamos sendo “condicionados” a esse pragmatismo e restringindo outras formas ler, escrever, pensar, agir …..
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31 de dezembro de 2020 às 19:03 #8119
Vitor Hugo Santos Rezende
ParticipanteNo processo de leitura, conversar com autor é importante para ter maior entendimento sobre o assunto. Com esse processo de bate-papo e interação conseguimos realizar uma comunicação mais efetiva com autor, refletir sobre o assunto, avaliar as informações, confrontar ideias e também chegarmos a alguns consensos.
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1 de janeiro de 2021 às 14:18 #8122
Nubia Isabela Macedo Martins
ParticipanteEu particularmente gosto mais da palavra diálogo e concordo com o colega acima, para que essa conversa seja produtiva, os dois precisam “falar a mesma língua”. Se eu não tenho um conhecimento prévio sobre o assunto, ou não tente buscar essas informações, eu não terei a capacidade de sustentar essa conversa e questionar produtivamente o que está sendo apresentado.
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1 de janeiro de 2021 às 15:04 #8124
Guilherme Tucher
MestreNúbia e Vitor, é exatamente o que estou tentando fazer com o Lamassa. Nós só podemos iniciar uma discussão coerente com ele se entendermos exatamente o que ele quer dizer com “mas com o pragmatismo que permeia o meio acadêmico, especialmente no Brasil“.
Caso isso não aconteça corre o risco de discutirmos coisas diferentes. Dessa forma pode ser que os dois estejam certos/errados, mas não cheguem a um acordo porque partem de um ponto diferente.
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3 de janeiro de 2021 às 15:00 #8190
Gustavo
ParticipanteOlá! Acho que o diálogo com o autor/emissor sempre deve ser estimulado, o que repercute na leitura ativa. É um processo que iniciei na pós-graduação e que me faz ser conciso quando se trata do assunto qual estudo. Tinha certa dificuldade com o senso crítico, pois pensava que “o que estava escrito no documento lido deveria ter uma base confiável”, e esses métodos me ajudam muito. Na busca por querer compreender ao máximo os fatos científicos que foram expostas no artigo, temos que tomar cuidado para não as confundir com a opinião do autor, o que pode refletir em transmissão de informações científicas e opiniões precipitadas ou errôneas.
Nesse sentido, penso que tão importante quanto extrair as informações de um artigo qual você tenha se interessado, seja descartar informações irrelevantes e sem base sólida na sua construção de hipótese.
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4 de janeiro de 2021 às 9:47 #8204
Guilherme Tucher
MestreGustavo, acho que essa é uma dificuldade que todos nós passamos.
Quando começamos nossa vida acadêmica lemos alguns artigos como se fossem verdades absolutas. Um artigo não representa a ciência, representa uma parte dela. E esse artigo, por melhor que seja, é limitado por suas características metodológicas.
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4 de janeiro de 2021 às 18:43 #8224
Priscila Leite
ParticipanteConversar com o autor envolve algumas atitudes, como: argumentar sobre o que ele esta transmitindo, fazer marcações ao longo do texto, buscar o significado de determinada palavra de acordo com o contexto explicitado pelo autor. E dessa forma, conseguimos ampliar o entendimento/conhecimento sobre o assunto tratado, concordando ou discordando do autor.
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6 de janeiro de 2021 às 9:38 #8265
Guilherme Tucher
MestreIsso mesmo, Priscila e Juliana. Fico feliz com a participação de vocês.
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6 de janeiro de 2021 às 9:46 #8266
Guilherme Tucher
MestreObrigado, Lamassa.
Uma vez, vendo um filme sobre um pesquisador, ficou claro para mim como era comum os pesquisadores se debruçarem sobre um assunto de estudo durante toda a sua carreira. Cada descoberta era um motivo de seguir em frente, descobrindo ainda mais.
Hoje, em função dessa produtividade, nos vemos “obrigados” a estudar tudo. Como consequência, pode ser que fiquemos sempre na superficialidade. E faço essa analogia a outras áreas do nosso dia a dia.
Quanto ao pragmatismo, situação complicada. Quem nunca ouviu aquela expressão, tão comum na nossa área, “na prática a teoria é outra”? Lamassa, apesar da nossa sociedade defender a ideia da “ciência a todo custo”, a maioria não sabe exatamente o que ela significa; desconhece o processo e as suas limitações.
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6 de janeiro de 2021 às 11:18 #8270
Gisele de Paiva Lemos
ParticipanteOs autores Adler e Doren, induzem a conversar com o autor porque ao iniciar uma dinâmica de perguntas e respostas o leitor melhora seu processo de descoberta e desenvolve sua capacidade de argumentação a respeito do assunto abordado. Isso leva a compreender melhor o que se está lendo e captando de informações.
A consequência dessa iniciativa é que o leitor eleva seu nível de conhecimento e desenvolve a capacidade de conflitar as idéias, descordando ou concordando com informações apresentadas em livros, artigos, vídeos ou palestras.-
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Gisele de Paiva Lemos.
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6 de janeiro de 2021 às 18:46 #8293
Guilherme Tucher
Mestre👍🏼
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6 de janeiro de 2021 às 19:18 #8298
tiagosilva
ParticipanteQuando nosso cérebro se debruça ativamente sobre algo há maior assimilação sobre aquilo que está sendo estudado e criamos conexões com outros conhecimentos que já possuímos.
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6 de janeiro de 2021 às 22:45 #8302
José Augusto
ParticipanteConversar com os autores possibilita ao leitor desenvolver sua aprendizagem e criticidade sobre aquele determinado assunto. Assim, para além de concordar cegamente com o que está escrito, há a oportunidade de problematizar algumas questões do estudo, o que é oportuno – e necessário – para o desenvolvimento científico.
Concordo com os colegas sobre “conflitar ideias”. E também acho que este processo deve ser realizado de modo construtivo e ético, uma vez que não há verdade absoluta na ciência, e todos estamos em constante aprimoramento.
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8 de janeiro de 2021 às 1:19 #8351
Danilo X-TRAINER
ParticipanteAo confrontar os autores, o leitor mantem uma postura ativa e consequentemente enriquece a construção do conhecimento. Contudo, esse confronto/conversa deve ser realizado com base nos conhecimentos científicos que o leitor possui, ou seja, deve ter base na literatura investigada da mesma temática em questão.
Embora a opinião do leitor seja importante para a construção e enriquecimento do assunto, dificilmente um leitor que seja leigo ou tenha pouca leitura sobre o tema, terá uma opinião sólida ou coerente acerca do assunto.
Nesse contexto, o leitor deve assumir sua “limitação” no que tange ao tema, e, se limitar a dissertar com base na literatura. Em contrapartida, se o leitor tem vasta leitura sobre o tema, poderá inferir uma opinião mais sólida, que provavelmente terá impacto positivo na discussão e construção do conhecimento.
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8 de janeiro de 2021 às 9:12 #8353
Guilherme Tucher
MestrePessoal, vou destacar as partes que achei interessantes das contribuições do Tiago, do José Augusto e do Danilo:
– o cérebro se debruça ativamente (…) criamos conexões com outros conhecimentos que já possuímos
— por mais que não reconheçamos, somos extremamente limitados. Poucos segundos de distração são suficientes para criar um buraco no entendimento de uma leitura (palestra, vídeo, aula)– processo deve ser construtivo e ético, uma vez que não há verdade absoluta na ciência
— discussão bem atual em função do quadro de saúde que vivemos.– o leitor deve assumir sua “limitação” no que tange ao tema
— assistir a um vídeo no YouTube ou ler um post no Instagram não nos torna entendedores sobre um assunto. Mas surpreendentemente, as pessoas têm certeza de tudo.-
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Guilherme Tucher.
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12 de janeiro de 2021 às 23:08 #8441
Danilo X-TRAINER
ParticipanteExatamente Prof.
Atualmente o Instagram se tornou uma bíblia de “conhecimento” de todo nível, contudo, baseado no “achismo” dos “especialistas” que dominam temas diversificados.-
14 de janeiro de 2021 às 16:41 #8478
Guilherme Tucher
MestrePois é, Danilo…
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15 de janeiro de 2021 às 10:46 #8493
Camilla Carneiro Chimith
ParticipanteEles defendem que uma leitura ativa promove uma discursão com o autor, e através das respostas um maior entendimento. As perguntas feitas ao emissor possibilitará uma discordância ou concordância, fato que levará o leitor a refletir sobre o que estará lendo e através disso concluir, de forma critica e com embasamento, o que esta analisando.
E respondendo uma de suas perguntas, professor
Sim, sempre anoto os meus questionamentos e duvidas durante a leitura. Isso me ajuda a lembrar posteriormente o que devo pesquisar em outros autores e também a ter um controle se o próprio material responderá mais a frente as minhas duvidas.Ao meu ver, seria sim muito importante termos aprendido essas técnicas na graduação, nos economizaria muito tempo e entenderíamos com muito mais facilidade as informações dos materiais lidos.
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19 de janeiro de 2021 às 10:09 #8624
Guilherme Tucher
MestreMuito bom, Camila.
Obrigado por participar.
Que possamos, enquanto docentes, mudar um pouco dessa realidade.
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19 de janeiro de 2021 às 11:09 #8628
TaisPacheco
ParticipanteSobre a proposta dos autores de dialogo e questionamento a leitura, eu concordo com o que o Gustavo colocou anteriormente sobre repercutir na nossa leitura ativa. Percebi que quando me perguntando coisas ao texto me mantive mais concentrada, conseguindo fazer mais relações com o conhecimento prévio.
Um técnica que já utilizava é parecida com o que o professor fez a pouco com os comentários do José, Danilo e Tiago. Ele retirou trechos importantes e comentou sobre eles. Eu costumo fazer fichamentos dos textos em words separados, e em alguns trechos eu coloco comentários meus, e se não entendi algo coloco perguntas pra responder depois. Hoje consegui perceber que acaba que isso fica muito separado do texto como um todo, os destaques não dialogam entre si.
Acredito que com a proposta dos autores eu consiga fazer não só os trechos dialogarem mas trazer esse dialogo pro texto e para o que autor esta me dizendo nas entrelinhas.-
19 de janeiro de 2021 às 14:34 #8643
Guilherme Tucher
MestreTais, acho que essa é a parte mais interessante.
Aperfeiçoamos e acrescentamos ações ao que já fazemos, pois aprendemos de maneira diferente.
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21 de janeiro de 2021 às 14:05 #8681
Camilla Carneiro Chimith
ParticipanteCom toda certeza, professor!
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Camilla Carneiro Chimith.
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21 de janeiro de 2021 às 19:26 #8699
Guilherme Tucher
Mestre😉
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