Marcado: afogamento
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Guilherme Tucher.
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31 de agosto de 2020 às 10:01 #4158
Guilherme Tucher
MestrePrezados, leiam essa notícia, vejam o vídeo e depois o meu questionamento.
Menina é resgatada flutuando em boia de unicórnio na Grécia
Pais e outras pessoas na praia fizeram um grande esforço para tentar evitar que a menina se afastasse da orla, utilizando até mesmo um barco.Uma garotinha de apenas 3 anos foi resgatada enquanto flutuava em uma boia em formato de unicórnio por uma balsa na Grécia. Após perceber que sua filha tinha sido levada pelas correntes, os pais avisaram a guarda costeira. Ela foi avistada pela balsa e retirada do mar em estado de choque.
Segundo o capitão da balsa, Grigoris Karnesis, não havia ondas particularmente fortes no mar, porém as correntes estavam muito fortes, que rapidamente arrastaram a menina para o fundo. Ele também mencionou que a pequena estava sem falar agarrada na boia, paralisada.
A criança estava brincando na água com o pai na praia quando o inflável se afastou com o vento e a correnteza. As pessoas ao redor tentaram resgatá-la, mas não conseguiram alcançá-la e pediram ajuda ao porto local para encontrá-la.
Autoridades marítimas ligaram para as embarcações próximas e foram atendidas pela balsa Salaminomachos, que faz a rota entre Antirrio e Rio. A balsa encostou lentamente ao lado do inflável e baixou a rampa de proa, a tripulação puxou a criança e o brinquedo para bordo sem machucar.
Um vídeo do incidente rapidamente ganhou o mundo, e os pais foram criticados nas redes sociais por causa do incidente. No entanto, o jornal regional Peloponeso relata que os pais fizeram grandes esforços para tentar resgatá-la, chegando a utilizar um barco.
fonte: https://noticias.r7.com/internacional/menina-e-resgatada-flutuando-em-boia-de-unicornio-na-grecia-27082020Veja o vídeo do resgate clicando aqui
A discussão que quero levantar é a seguinte: como as nossas aulas de natação podem contribuir para que situações como essa não ocorram?
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31 de agosto de 2020 às 22:08 #4180
Tiago Martins
ParticipanteBoa noite!
Durante os vídeos sobre AMA pude perceber a real necessidade de interação dos pais, nos casos das crianças, à ambientação no meio aquático. É importantíssimo falar com os responsáveis sobre o período que o aluno está passando para que não ocorra exageros por parte deles como por exemplo, jogar as crianças na água com a falsa ilusão de que se ela pratica ou está em um programa de aprendizado à natação, é capaz de aplicar os ensinamentos adquiridos.
É fundamental que os pais e pessoas próximas da criança estejam atentas em não promover traumas no processo de ambientação à água.
Após ver esse vídeo, fica claro a necessidade supramencionada pelo fato de que talvez os pais, sabendo da provável familiaridade da menina com o ambiente aquático, tenham desdenhado dos cuidados com a garotinha naquelas condições de praia.
Outro ponto importante sobre esse caso se dá pelo fato da necessidade de ensinar aos iniciantes os desafios que eles poderão encontrar no dia a dia da prática aquática, claro sem que isso seja uma situação que lhe cause medo ou algo parecido.
Portanto, fica claro que a iniciação aquática requer uma transformação de atitudes no meio social dos alunos para que ele possa se desenvolver com mais facilidade e segurança.
Infelizmente esse é um trauma que a menina pode levar para toda vida e talvez não queira mais ver água na sua frente, pressuposição que poderia ser evitada se houvesse essa conscientização em seu meio. -
1 de setembro de 2020 às 0:48 #4181
Gabriela Jade
ParticipanteBoa noite , penso que podemos contribuir para que fatos assim não ocorram através da” Competência Motora Aquática” que como a AMA visa desenvolver a autonomia do individuo mas não só na piscina mas em outros ambientes aquáticos como mar e rio por exemplo. Além de fornecer informações importantes aos pais e alunos como o fato da boia não ser indicada para a praia sem que nenhum adulto esteja realmente segurando a criança já que oferece uma falsa sensação de segurança e a criança pode ser facilmente arrastada para o mar ,como educadores acredito que também conscientizar o público que temos acesso, faça parte do nosso papel , através da adaptação podemos desenvolver na criança também a habilidade de usar o corpo para o deslocamento em cima da boia por exemplo e simular se a boia vira-se , como essa criança faria para pegar de volta, ou para se soltar dela caso ficasse de cabeça para baixo , embora acredite que nesse caso em especifico a correnteza seria mesmo muito forte para se nadar contra e o mais efetivo teria sido a conscientização dos responsáveis que poderia ter evitado esse episodio.
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1 de setembro de 2020 às 9:00 #4182
Stefanie Gomes Rodrigues
ParticipanteAssim como a Gabriela penso na “Competência Motora Aquática” como sendo um fator que precisa ser mais falado,mostrado e que não seja somente por quem está na natação em si. Embora a criança tivesse apenas 3 anos vejo que a necessidade de se criar um entendimento aos pais de que a adaptação ao meio aquático é um processo,e que precisam se atentar a esse desenvolvimento. Creio que se fosse abordado em outros meios, evitaríamos coisas como essa.
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1 de setembro de 2020 às 9:28 #4183
Guilherme Tucher
MestreTiago, é isso mesmo. Assim como em qualquer outro processo de aprendizagem, os pais precisam estar cientes do que está acontecendo para que possam contribuir positivamente. E isso é responsabilidade do professor.
Não acreditem que os pais saberão instintivamente o que fazer. A orientação do professor é determinante.
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1 de setembro de 2020 às 9:30 #4184
Guilherme Tucher
MestreMuito bom, Gabriela.
É isso mesmo!
Mas nos dias atuais, na prática, vemos isso acontecer?
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1 de setembro de 2020 às 9:32 #4185
Guilherme Tucher
MestreIsso mesmo, Stefanie.
E perceba que se esses pais tivessem passado por um processo de orientação quando eram mais novos possivelmente não teriam cometido esse equívoco.
É um ciclo de educação e orientação que se repete.
É lógico que eventualidades podem acontecer e não estamos livres disso.
Mas algumas situações podem ser previstas e evitadas.
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1 de setembro de 2020 às 13:03 #4187
Ana Carolina Furtado Ramos
Participanteboa tarde, professor, assim como a Gabriela e a Stephanie, penso que a ´´ competência motora aquática
precisa ser mais falada. Acredito que a maioria dos pais entendem que apenas o professor tenha que auxiliar a criança e a preveni-la de uma situação como a do vídeo, sendo que a orientação dos pais também é muito importante, tendo em vista que uma criança pequena que esta ainda se adaptando ao meio aquático não tenha completa capacidade de entrar em meios aquáticos diferentes do da piscina.
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1 de setembro de 2020 às 13:09 #4188
Guilherme Tucher
MestreBoa tarde, Ana Carolina.
E como o professor poderia fazer isso? Tem algo em mente ou já passou por alguma experiência nesse sentido?
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2 de setembro de 2020 às 9:07 #4189
Ana Carolina Furtado Ramos
ParticipanteBom dia, professor, talvez, quem sabe, uma reunião de pais, para mostrá-los e orienta-los de que a orientação dos mesmos seja necessária ?
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2 de setembro de 2020 às 9:38 #4190
Guilherme Tucher
MestreMuito bom. Simples assim.
Se os pais não forem orientados sobre o processo, como saberão o que será feito.
Nos dias atuais, com a grande utilização da internet, poderia até ser feito um vídeo institucional explicando o que os alunos aprenderão em cada nível de aprendizagem. 😉
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3 de setembro de 2020 às 12:10 #4220
Pedro Henrique V A Pinho
ParticipanteBoa tarde a todos. Com relação aos pais, acredito que não só reuniões formais são extremamente necessárias para assuntos mais gerais e, o que penso ser fundamental, feedbacks com os mesmos em ocasiões rapidas, como quando as crianças são deixadas/levadas no local de aprendizagem.
Penso que deixar tudo “amarrado” você transforma o ambiente de seu trabalho favorável para o desenvolvimento da criança, no caso. Orientar, trocar, estar disponível para esclarecimentos aos pais é tão importante quanto ser um facilitador de ensino para as criança. Se não houver uma voa integração deste tipo, em última análise, entramos naquela velha discussão do professor orientar de uma forma e os pais de outra e os desdobramentos desta dinâmica para quem aprende.
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3 de setembro de 2020 às 16:53 #4253
Guilherme Tucher
MestreConcordo, Pedro Henrique. Se todos que estão envolvidos no processo não estiverem falando a mesma língua as coisas não darão certo.
Quando os pais matriculam a criança na aula de natação eles precisa saber quais são os objetivos da Escola de Natação e como ela funciona.
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5 de setembro de 2020 às 15:41 #4384
Gabriela Jade
ParticipanteInfelizmente não , mas se depender de nós como novos profissionais , a história será diferente. 🙂 Além de solicitar a participação dos responsáveis e fazer um sistema como de pequenas palestras nos primeiros 10 minutos de algumas aulas por exemplo , também podemos entregar folhetos informativos diretamente e por email também.
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6 de setembro de 2020 às 10:39 #4385
Guilherme Tucher
MestreIsso mesmo, Gabriela.
Torço por isso e pelo sucesso de vocês. -
14 de setembro de 2020 às 15:11 #4583
Lucas barreira
ParticipanteBoa tarde professor!
Nesta situação vemos que a criança certamente não teve um ensinamento referente as alterações de ambientes aquático, talvez pela idade.Outro fato é dos pais acharem que ” a boia” manteria a criança segura, sem necessidade de uma atenção. Claramente atitude errada, visto que não se pode confiar em nenhum material inflavel e sempre necessário a atenção redobrada durante o uso desses meios.
É de extrema importância ensinar as crianças as alterações de ambientes na hora da prática de nados, como entender que um rio ou mar não é a mesma coisa que uma piscina.
Depois do ocorrido acho notório os pais da criança buscarem entender e aprender mais sobre os diversos meios aquáticos além de fazer um trabalho de AMA focado em retirar o trauma que a criança possa ter tido refrente ao ocorrido! -
14 de setembro de 2020 às 21:30 #4621
Guilherme Tucher
MestreBeleza, Lucas.
E é por isso que precisam do professor de natação. Entretanto, não só para ensinar a bater perna e a rodar os braços.
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16 de setembro de 2020 às 8:41 #4707
Joao
ParticipanteBom dia a todos. As aulas de natação são essências para a criança se ambientar ao meio aquático e perder o medo desse meio desconhecido. O professor de natação tem papel fundamental na evolução dessa criança e é importante que conscientize os pais em relação aos cuidados que se deve ter com os filhos para evitar um acidente, porque a criança mesmo que nada bem, mudando o ambiente para um rio ou uma praia por não saber seus limites pode pensar que não faz diferença em relação a uma piscina. Então é muito importante a conversa do professor de natação com seus alunos em relação a isso, como também reuniãos com os pais para saberem como instruir seus filhos.
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16 de setembro de 2020 às 11:38 #4719
Guilherme Tucher
MestreJoão, você citou a importância da conversa com os pais. Pelo que já foi apresentado nos vídeos e discutimos na nossa última atividade síncrona, que tipo de conhecimento é esse? Procedimental, conceitual ou atitudinal? Poderia me dar alguns exemplos?
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16 de setembro de 2020 às 15:16 #4731
Joao
ParticipanteAtitudinal. Os pais são os responsáveis das crianças fora da aula de natação e estando na praia ou outro ambiente que tenha risco de afogamento, as reuniões com os pais mudariam o comportamento dos pais nos cuidados com seus filhos e em definitivo não confiariam na segurança deles em bóias ou brinquedos infláveis.
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16 de setembro de 2020 às 18:33 #4732
Raniel Enargio Imperiano da Silva
ParticipanteBoa tarde professor e colegas de classe, como assistimos nos vídeos complementares sobre prevenção de afogamentos, alguns dos procedimentos a serem observados, praticados antes que ocorra esse acidente, é nadar próximo a um guarda vidas, questionar o profissional onde é o melhor local e mais seguro para um nado com crianças de certa idade, se o mesmo não estiver saber a verificar os tipos de bandeiras que deverão está na praia como as bandeiras verde:indica condições do mar adequada para o banho com baixo risco de afogamento; bandeira amarela:indica uma área de médio risco de afogamentos e quem não sabe nadar não entrar na água; bandeira vermelha: alto risco de afogamento indica que ninguém deve entrar na água pois é sina de muito perigo. Saber identificar uma área de corrente de retorno, saber como sair e como agir caso entre em uma, a criança deverá sempre está com um adulto que deverá sempre está atento, verificação tanto da biruta para verificar a direção e velocidade do vento, caso existe alguma no local. Provavelmente os pais da criança não sabiam sobre essas informações, e se não houvesse guarda vidas, e nós estivéssemos no local caberia a nós passar esse conhecimento para os pais da criança e poderia ajudar a evitar este acidente, lembrando que boias sempre causam uma falsa sensação de segurança, e esse é um ótimo e necessário tema para ser ensinado nas aulas de natação.
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16 de setembro de 2020 às 19:19 #4740
Guilherme Tucher
MestreJoão, como eu disse existe um grau de interdependência entre os níveis dos conteúdos (procedimental, conceitual e atitudinal). Ou seja, a modificação em um deles pode trazer nos outros.
Entretanto, me refiro a “conversa com os pais”. Essa ação é atitudinal?
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16 de setembro de 2020 às 19:24 #4742
Guilherme Tucher
MestreMuito bom, Raniel.
Mas de tudo isso que você apresentou, o que poderias feito pelo professor de natação?Imagine-se daqui há alguns anos na beira da piscina.
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20 de setembro de 2020 às 21:56 #4877
brunabaca
ParticipanteBoa noite, professor. Diferente do que citaram acima, quando a criança é realmente muito nova, acredito que a melhor forma de prevenir cenas como esta seria conscientizando os pais. Obviamente deve ser desenvolvido as competências motoras aquáticas desde cedo, mas vale ressaltar que o comportamento do mar é completamente diferente da piscina, então por mais que a criança seja até atleta, não necessariamente será tão competente no mar quanto é na piscina. Principalmente se a criança tiver 3 anos.
Para evitar casos como este, o ideal é que o professor de natação reserve uns minutinhos de suas aulas para orientar os pais. Ensinar que a conduta na piscina é diferente da conduta no mar, que por sua vez também é diferente da conduta em rios, cachoeiras, açudes etc. E que por mais que a criança seja hábil na piscina, não necessariamente ela será em outros ambientes aquáticos, pois cada ambiente tem suas especificidades e obstáculos. Desta forma, não dá para confiar completamente na capacidade da criança ter total autonomia no mar, a supervisão dos pais deve ser absolutamente integral. -
21 de setembro de 2020 às 7:46 #4883
Igor Lima
ParticipanteCreio que uma boa educação dos pais também sobre o que a criança estaria aprendendo seria de bom grado. Obviamente uma piscina seria diferente do mar por inúmeras razões. No fim, creio que tanto aluno, quanto responsáveis tem que ser “educados” juntos.
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21 de setembro de 2020 às 9:50 #4886
Guilherme Tucher
MestreMuito bem lembrado, Bruna.
Com as crianças mais novas, mesmo com orientação e certa experiência na água (adquirida nas aulas de natação), os pais precisam estar atentos.
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21 de setembro de 2020 às 9:57 #4887
Guilherme Tucher
MestreIsso mesmo, Igor.
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21 de setembro de 2020 às 16:45 #4906
Raniel Enargio Imperiano da Silva
ParticipanteProfessor seria bom uma ou duas aulas passando conteúdos sobre a prevenção, tipo levar algumas bandeiras das cores e explicar sobre os avisos que elas contém, falar sobre as correntezas e como sair delas caso caia em alguma, para os mais pequenos falar sobre os perigos e riscos que uma bóia pode trazer, se possível levar uma biruta ou até mesmo fazer uma com cartolina pra poder explicar para o que ela serve, se também fosse possível criar uma cartilha ou um site para que os alunos pudessem mostrar aos pais pra que eles pudessem também aprender sobre os perigos que podem ocorrer nos meios aquáticos ou indicar algum link ou vídeo. Aulas também sobre a manobra certa para fazer o procedimento de afogamento/salvamento aquático fazendo até simulações se possível.
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21 de setembro de 2020 às 19:05 #4923
Guilherme Tucher
MestreDaniel, tudo isso pode ser feito. E possivelmente somente uma ou duas aulas seria pouco.
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25 de setembro de 2020 às 12:54 #5009
Joao
ParticipanteBoa tarde pessoal. A conversa com os pais é conceitual, pois é para que os pais entendam os riscos que existem nos diferentes meios aquáticos.
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25 de setembro de 2020 às 12:59 #5010
Guilherme Tucher
MestreIsso mesmo, João.
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