A periodização como organização do tempo de treinamento

Na literatura existem vários conceitos para periodização do treinamento, alguns mais antigos outros mais recentes. De uma maneira geral a gente pode entender a periodização como o detalhamento, o planejamento do tempo disponível para treinamentos. 

Quando eu falo em tempo de treinamento a gente pode estar pensando em poucas semanas, em poucos meses – por exemplo. Ou a gente pode estar pensando no planejamento em longo prazo, como o ciclo Olímpico de 4 anos ou o tempo necessário para a formação de um jovem atleta.

Então, resumidamente, a periodização está preocupada com essa organização do tempo de treino. Dentro dessa proposta, a gente tem conceitos que estão mais preocupados só com a preparação física, que eu acho que são conceitos mais limitados.

Mas há também conceitos mais novos e abrangentes que se preocupam com a preparação física, técnica, tática, emocional, nutricional, da capacidade e da vontade de treinar e de competir. 

Dessa maneira, o conceito de periodização passou a ser mais complexo, tendo, inclusive, a ideia de que o atleta deve entender o porquê ele treina e como ele treina.

Entretanto, devemos ter em mente que a aplicação desse conceito de periodização depende se a gente tá falando de atletas jovens, atletas adultos ou atletas amadores. Tudo isso tem que ser considerado.

Um problema que geralmente eu vejo é que as pessoas pegam o conceito, a ideia da periodização, mas não julgam o atleta ou indivíduo que eles estão treinando para poder entender até que ponto é preciso ser mais específico, ser mais geral, ser mais exigente ou menos exigente.

Dessa forma, o público que a gente está trabalhando vai fazer com que utilizemos modelos de periodização diferentes